Uma vivência em Capoeira Angola guiada pelos princípios do encontro, da circularidade, do jogo, da ginga e da mandinga. Cada encontro convida os participantes a uma imersão nos saberes, práticas e histórias dessa tradição ancestral, fortalecendo os vínculos entre corpo, cultura e ancestralidade.

O curso se fundamenta especificamente na Capoeira Angola de Salvador da Bahia, particularmente do Instituto de Capoeira Angola Alagbedé. A prática se organiza fundamentalmente a partir da noção de encontro-experiência com a qual se busca gerar um ambiente de diálogo, troca e cooperação entre as pessoas participantes. Para tanto, se apoia em três fundamentos básicos, que atravessam a prática de forma conectada e transversal: a circularidade, o jogo/ginga e a mandinga.

Cada um dos quatro encontros propostos se desenvolverá a partir de um eixo temático que, de maneira integrada e progressiva, conduzirá os participantes a uma imersão nos saberes, práticas e histórias da Capoeira Angola, fortalecendo o vínculo entre corpo, cultura e ancestralidade.

Encontro 1: Dendê, Ginga e memoria em movimento. A partir da ideia do corpo como território de resistência em diálogo com simbologia do dendê – a raiz, o axé e o óleo que lubrifica a memória ancestral- vamos buscar construir e celebrar a ginga que cada participante carrega em sua corporalidade.

Encontro 2: Berimbau me chama: ouvir o corpo, ampliar a escuta e mover-se com a história. Por meio de toques, ladainhas, corridos e das histórias contidas nas cordas e no couro dos instrumentos investigaremos como o som conduz o gesto, como ritmo releva a mandinga e como a ginga responde ao chamado da memória ancestral coletiva.

Encontro 3: A luta como dança, a dança como luta. A partir do entrelaçamento e inseparabilidade entre luta, jogo e dança, proposto pela prática da capoeira de angola, exploremos como o corpo reage, finge, engana, se protege e se expressa dentro do jogo.

Encontro 4: A roda do jogo a roda da vida. Exploraremos como os princípios da roda – circularidade, ancestralidade, diálogo e presença – se expandem para além do jogo e atravessam nossa maneira de ser e estar no mundo.

Os conteúdos de tais temáticas se organizam a partir de 7 momentos de trabalho, desenhados para proporcionar uma experiência de aprendizagem integral e participativa.
 

Minibio: 
Emmanuel Mancera – É capoeirista com 21 anos de experiência na prática, ensino e promoção da Capoeira Angola. Dedicado à preservação e transmissão da cultura afro-brasileira através da capoeira, com experiência internacional na organização de eventos, oficinas e aulas em diversos países.

De 2003 a 2007, deu início ao seu processo de formação na capoeira junto ao grupo Raízes do Brasil na cidade de Caracas, na Venezuela. Em 2008, participou do evento “Mandinga na Colômbia” junto ao grupo da Fundação Internacional de Capoeira Angola (FICA) na cidade de Bogotá, Colômbia. Em 2022, participou do “Encontro Anual de Capoeira Angola” do grupo “Capoeira Angola Liberdade de Vadiar- GCAL”, na cidade de Madrid, Espanha e foi convidado para dar aulas de Capoeira Angola junto ao grupo “Capoeira Angola Tubinga” na cidade de Stuttgart, Alemanha. Em 2023, foi convidado a dar aulas para o grupo FICA na cidade de Bogotá. Em 2023, foi convidado a dar aulas para o grupo FICA na cidade de Bogotá. Em 2024, participou de aulas e Rodas de Capoeira Angola na cidade de São Paulo com o grupo “Angoleiros Sim Sinhô”. Desde 2012 é membro do grupo FICA, atualmente Alagbedé, liderado pelo mestre Valmir, sediado na cidade de Salvador da Bahia. Atualmente, é residente no Brasil na cidade de Franca, onde a 2 anos lidera o grupo Alagbedé Franca, sediado no Centro Comunitário da Vila São Sebastião, onde desenvolve um projeto de Capoeira Angola para crianças, jovens e adultos desta e de outras regiões da cidade.