foto: Sammi Landweer
foto: Sammi Landweer

Borda

Lia Rodrigues Companhia de Danças

Pinheiros

Duração: 60 minutos

A12

atividade presencial

Local: Teatro Paulo Autran

venda nas bilheterias a partir de 22/10, às 17h

foto: Sammi Landweer
foto: Sammi Landweer

Em português, Borda vem do verbo bordar, que significa enriquecer, decorar, realçar, elaborar. Pode também significar fronteira, limite, periferia, confins, limiar, franja, margem, barreira, linha de demarcação. Aquilo que separa.
Existem fronteiras geográficas e políticas, às vezes, representadas por muros, arame farpado, cercas vivas, portões, postos de controle. Às vezes, elas representam uma hierarquia. Outras vezes, áreas de oposições são criadas: hospitalidade e hostilidade, liberdade e dominação, inferior e superior, o que é considerado nativo e o que é considerado estrangeiro. Na borda mora o outro.
Pode ser um lugar intermediário. Lugar para ninguém e para todos, para aqueles que chegam, para aqueles que partem e para aqueles que permanecem. Aqui e ali, o começo e o fim, algum lugar e lugar nenhum.
As fronteiras podem distinguir grupos e povos, humanos e não humanos. Quem tem permissão para atravessar ? Quem fica e quem será mantido fora? Quem pertence e quem não pertence? Quem tem o direito de existir?
Territórios também podem ser demarcados por movimentos nômades e por uma mistura de elementos físicos e simbólicos: identidades culturais específicas, aromas, sons, linguagens, rituais, estratégias e conhecimentos distintos de sobrevivência, formas de manejo de florestas e plantas.
Em sentido figurado, a palavra borda também pode significar imaginar, fantasiar. A imaginação intensifica sonhos, fábulas, miragens, criação e nos dá a possibilidade de ir além das fronteiras.
Como fazer uma criação a partir de uma realidade entrelaçada com linhas visíveis e invisíveis que marcam os limites entre medo e esperança, entre estrondos e silêncios, inundações e queimadas ? Como podemos trazer conosco a terra de nossas visões, desejos, memórias, futuros?
Talvez tecendo paciente e laboriosamente um lugar poroso de alteridades fluidas, um bordado onde as margens se movam, flutuem e dancem.
BORDA é a nova peça da Lia Rodrigues Companhia de Danças, criada no Centro de Artes da Maré, Rio de Janeiro, Brasil.

FICHA TÉCNICA

Criação: Lia Rodrigues
Dançado e criado em colaboração com: Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey da Silva, David Abreu, Raquel Alexandre, Daline Ribeiro, João Alves, Cayo Almeida, Vitor de Abreu
Assistente de criação: Amália Lima
Dramaturgia: Silvia Soter
Colaboração Artística e Imagens: Sammi Landweer
Design de iluminação: Nicolas Boudier
Assistentes de iluminação: Magali Foubert e Baptistine Méral
Trilha sonora: Miguel Bevilacqua (a partir de trechos da gravação feita em 1938 no norte do Brasil pela Missão de Pesquisa Folclórica idealizada pelo escritor e intelectual Mário de Andrade / Trecho da música “Amor Amor Amor”, de domínio público, que compõe o repertório do “Cavalo Marinho”, dança dramática brasileira, interpretada por Luiz Paixão.)
Mixagem e masterização: Ronaldo Gonçalves
Produção/difusão: Colette de Turville/ Assistente de produção: Astrid Toledo
Produção e difusão Brasil: Gabi Gonçalves/ Corpo Rastreado
Secretária/Administração: Gloria Laureano
Apoio logístico Centro de Artes da Maré: Sendy Silva
Professores: Amália Lima, Leonardo Nunes, Valentina Fittipaldi, Andrey Silva
Figurinos: Lia Rodrigues Companhia de Danças
Estagiária: Cecília Carvalhosa
Costureira: Antônia Jardilino De Paiva
Agradecimentos: Thérèse Barbanel, Corpo Rastreado, Inês Assumpção, Luiz Assumpção, Diana Nassif, equipe do Centro de Artes da Maré, Jacques Segueilla.

Dedicado a Max Nassif Earp

Produção: Lia Rodrigues Companhia de Danças
Coprodução : Kunstenfestivaldesarts – Bruxelles/ Maison de la danse/Pôle européen de création, en soutien à la Bienal de Lyon / Chaillot – Théâtre National de la Danse – Paris / Le CENTQUATRE – Paris/ Festival d’Automne à Paris / Wiener Festwochen – Wien / La Bâtie – Festival de Genève – Comédie de Genève / Romaeuropa-Rome/ PACT Zollverein – Essen/ One Dance Festival-Plovdiv /Theater Freiburg/ Muffatwerk- Münich / Passages Transfestival – Metz

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