Conhecida por simbolizar a história e a cultura do povo árabe, a técnica do bordado é passada de geração em geração entre as mulheres da região. A atividade apresenta ao público a história e os conceitos básicos do bordado palestino e inicia os participantes na prática por meio da construção de um projeto coletivo.

Rahaf Muhammad Hussein é uma artista do bordado palestino que, tal como a tradição familiar comum em seu país, aprendeu a técnica com sua mãe quando ainda era bem jovem. Mulher palestina nascida na Síria, vive há cinco anos no Brasil em situação de refúgio, uma vez que deixou seu país devido aos conflitos. Por aqui, passou a desenvolver técnicas do bordado palestino voltadas para a criação de moda com o objetivo de apresentar esta arte tradicional e sua história para o público brasileiro. Desta maneira, desenvolveu junto ao projeto Clínicas de Trabalho do Ponto Zero do Refúgio a Yafa, referência a uma bela e antiga cidade palestina e também o nome de sua pequena filha.

Ponto Zero do Refúgio é um coletivo independente que atua em algumas frentes, como a produção e mediação. O projeto tem trabalhado na produção de ações socioeducativas e eventos culturais em torno de temas como o refúgio e os direitos humanos junto a uma rede de colaboradores, além da mediação e elaboração de conteúdo sobre estes tópicos nas redes sociais, como no Instagram. As oficinas realizadas pelo coletivo fazem parte do projeto Clínicas de Trabalho, que atua na formação empreendedora de pessoas migrantes e em situação de refúgio por meio de práticas culturais de seus países de origem.