atividade presencial
Local: https://centralrelacionamento.sescsp.org.br/?path=lista-atividades
Inscrições a partir das 14h do dia 28/1, até o dia 19/2. Enquanto houver vagas.
O Brasil passa por um processo de embates políticos que colocou novos personagens da esfera pública nas últimas décadas o que teve como consequência uma reconfiguração das forças políticas protagonistas da disputa em âmbito nacional, tanto democráticos quanto antidemocráticos. Desde a emergência desses movimentos reacionários/conservadores em diversos país, inclusive no Brasil, a democracia passou a ser atacada, especialmente em sua diversidade e princípios de igualdade e liberdade política e social.
Enquanto um lado reivindica e atua radicalmente a favor da “tradição”, dos “bons costumes”, do conservadorismo e de políticas de austeridade que visam antes de tudo um maior benefício de “individualidades”, diversos agentes buscam se articular em torno de identidades coletivas de reconhecimento, igualdade, liberdade e direitos contra privilégios históricos do primeiro grupo.
Ambos os grupos estão conquistando espaços e representatividade na política institucional, através de lideranças de suas diferenças, com candidatas feministas, transgênero, trabalhadores precários, lideranças negras e populares.
Ainda assim, a desigualdade entre as diferenças e seus inimigos reacionários ainda é considerável, seja pela capacidade e possibilidade de alcance midiático mais favorável ao conservadorismo, seja pelas dificuldades de articulação entre representantes e representadas. Neste contexto, após duas décadas de democracia pautada pela Constituição Cidadã no Brasil, a ferida aberta pelo impeachment de Dilma Rousseff e ascensão de um movimento político autoritário, o Brasil passa por um processo de intensificação da disputa pelo sentido e princípios nacionais que precisam ser compreendidos tanto na sua universalidade quanto nos seus particularismos.
Para avançar neste debate é preciso fazer um processo de desconstrução dos grandes movimentos protagonista dessa disputa, notadamente progressistas e extrema-direita, para além de suas principais lideranças, entendendo as principais identidades políticas articuladas em torno delas e seus principais antagonistas: mais estado x menos estado; agronegócio x meio-ambiente, povos originários e grandes cidades; neopentecostalismo e machismo x diversidades; classe média e elites x pobres; nacionalismo e militarismo x sociedade civil; individualidade possessiva x comunidade plural; em suma, “povo” democrático x “povo” autoritário.
Portanto, este processo de disputa intenso coloca o desafio de compreender e debater as características individuais desses grupos, tanto à direita quanto à esquerda, em suas especificidades, mas também em sua articulação em movimentos que tem como objetivo uma posição hegemônica de estabelecimento do sentido de “Brasil” no qual a maioria das cidadãs e cidadãos são diretamente afetados no cotidiano.
Dessa forma, esse curso propõe apresentar e debater o contexto geral social e político do Brasil contemporâneo em torno de campos e segmentos de destaque na política institucional, na sociedade civil e na opinião pública nacional.
18/02 – Encontro 1: Apresentação: Nas ruínas do neoliberalismo: entre individualidade e comunidade;
25/02 – Encontro 2: Campo x Cidade: Agronegócio e Ambientalismo, povos originários e “ONGs”;
11/03 – Encontro 3: Cidade x Campo: progressismo x conservadorismo cultural;
18/03 – Encontro 4: Sobre o Estado: Liberdade e Igualdade;
25/03 – Encontro 5: Possibilidades de Brasis: qual o novo vai nascer?
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