Você tem memórias que parecem que não fazem sentido estarem aí guardadas na sua cabeça? Que por algum motivo elas perderam a conexão com a linha do tempo que você constrói para pensar na sua história de vida? 
Um sonho de muitos anos atrás? Alguma coisa que você deixou no ônibus e só depois, tragicamente, lembrou. Algo que sua mãe te disse e você não entendeu quando era criança¿ e talvez continue não entendendo. 
Escreva ou desenhe essa memória – estranha, desconexa, que às vezes parece não ter importância nenhuma – deixe ela na caixinha e em troca pegue outra deixada por alguém e leve com você. Quem sabe a sua memória ganhe importância na imaginação de uma outra pessoa. Quem sabe a memória do outro possa fazer mais sentido sendo agora sua. 
 
Mateus Francisco Pedroso integra como estagiário a equipe educativa da exposição. Graduando de bacharelado e licenciatura em artes visuais pelo Instituto de Artes da Unesp. Atualmente realiza pesquisa em experiências lúdicas e afetivas como introdução a poéticas artísticas no contexto da educação não-formal. É natural de Bragança Paulista, vive e trabalha em São Paulo.