As juventudes brasileiras ainda concentram a maior taxa de novos casos de infecção, segundo os últimos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde. Um dos argumentos utilizados para estes números é de que as pessoas jovens teriam perdido o medo do HIV/Aids, devido, sobretudo, ao acesso a novas tecnologias de prevenção e de tratamento. Frente a este cenário, a proposta da roda de conversa é responder ao questionamento: como falar sobre HIV com jovens?

Nesta atividade, propomos uma conversa sensível sobre a abordagem do HIV com as juventudes, por meio da partilha de experiências, práticas e estratégias de comunicação e de abordagem sobre o tema de três educadoras com experiências no movimento de HIV/Aids, em projetos sociais e ONGs que atuam na cidade de São Paulo – Andrea Ferrara, Karoline Unas e Núbia Verneck.

Mediação

Caia Gusmão – Não binária, branca, 33 anos, pronomes Elu | Ela. Geógrafa, educadora e artista visual. Atuou como Educadora de Par dentro do ImPrEP na Fiocruz durante 2020 a 2023. Participa do Grupo Identidade do movimento LGBT+ de Campinas. Participou como comunicadora e na gestão da Casa Sem Preconceitos de acolhimento a pessoas trans em vulnerabilidade.

Participantes

Núbia Verneck – Educadora, produtora cultural e artista independente. Desde 2019, atua como educadora de pares da temática do HIV/Aids, tendo atuado na Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), CRT DST/Aids. Atualmente, é educomunicadora na Agência Pra Brilhar, participando da formação de jovens comunidades nos debates sobre Hiv/Aids. Na produção cultural, atua na cultura ballroom, onde é conhecida como Overall Imperatriz da Casa de Candaces.

Andrea Ferrara – Ativista dos direitos humanos e do movimento de HIV/Aids. Enfermeira e Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Voluntária do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), onde coordena projetos para as juventudes e o grupo de acolhimento Viver Jovem. Autora de textos sobre suas experiências com a epidemia de HIV/Aids nas coletâneas “Poéticas de Vida. Escritas de Si(da)” (2022) e “Tudo o que deixei de dizer em voz alta” (2023).

Karoline Unas – Educadora popular na comunidade de Heliópolis. Formada em prevenção combinada ao HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’S). Atuou no projeto Heliópolis Investindo na Vida. É Idealizadora do Clube dos Prevenidos, projeto de educomunicação digital apoiado pelo programa UNAIDS, da ONU.