O movimento Música Nova, de grande importância na produção de Gilberto Mendes, surgiu em São Paulo no final dos anos 50, criado por um grupo de jovens compositores e músicos de São Paulo que trabalhavam com a música aleatória, visual, concreta, com a nova notação musical, mixed media, tudo à luz das diretrizes europeias.
Ao mesmo tempo, na qualidade de compositor, a literatura de Gilberto Mendes, de dimensão maior que a histórica, apenas enfatiza a busca de outros idiomas musicais, que incorporam todos os meios de expressão da tecnologia moderna. E aí a comunicação de massa torna-se elemento do credo artístico do compositor santista, sempre procurando um novo idioma musical que respondesse pelas influências por ele sofridas, fossem elas de Satie, de artistas pops como Rauschenberg, escritores como Ezra Pound e Kafka ou filmes do diretor Godard, todas elas estimulando seu interesse em explorar os aspectos visuais da música universal. Seus novos rumos estavam assim definidos.
Seu espírito é integracionista, fundindo e fazendo de tudo “uma geleia”, como ele mesmo afirma. É desse modo que, às vezes, a sua música é absolutamente tonal e subitamente atonal, surpreendendo pelos procedimentos utilizados.
Ensemble Gilberto Mendes
PROGRAMA
Gilberto Mendes (1922-2016)
Seul un Urubu solitaire (2003)
Flauta, 02 violinos, cello e piano
Slow Dance of Love (2000)
Flauta, clarinete, oboé, violoncelo, violino e piano
The sentimental Gentleman of Swing Revisited (1994)
Trombone, Clarineta, oboé, 02 violinos, cello e piano
Duas Peças para Violão: Preludio \ Quasi una Passacaglia
Ulysses em Copacabana Surfando com James Joyce e Dorothy Lamour (1988).
Flauta, clarinete, trompete, sax alto, 02 violinos, viola, violão. contrabaixo, piano
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