A fim de retomar a história silenciada de São Paulo, o roteiro “Tebas e a Liberdade” resgatará a trajetória de Joaquim Pinto de Oliveira Tebas, homem negro alforriado aos 57 anos, em 1778, graças ao reconhecimento público alcançado por suas intervenções arquitetônicas no Triângulo Histórico de São Paulo. A caminhada, com início na Praça da Liberdade, ocorrerá após apresentação musical do projeto Centro em Concerto 2024, que reverenciará a obra de Geraldo Filme e a memória negra no bairro da Liberdade.

O ponto de encontro será na Praça da Liberdade, em frente à estátua da Madrinha Eunice, às 14h15.

O roteiro consistirá em um bate-papo conduzido pelo escritor Abilio Ferreira, que entrelaçará a trajetória do arquiteto Tebas – passando por intervenções urbanísticas de sua autoria e outras referências de sua história – às memórias do bairro da Liberdade, de forma a montar um quebra-cabeças da história não contada do centro da cidade. A caminhada passará por pontos tais como Beco dos Aflitos, antiga sede da Escola de Samba Paulistano da Glória, Largo 7 de Setembro, Monumento a Tebas, Largo da Misericórdia e Largo São Francisco.

Autor de “Fogo do olhar” (Quilombhoje/Mazza, 1989), “Antes do carnaval” (Selinunte, 1995) e “A Casa de Fayola” (Ciclo Contínuo, 2024), coautor e organizador de “Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata” (2018), Abilio Ferreira está entre os escritores cuja produção é estudada na antologia crítica “Literatura e afro-descendência no Brasil” (UFMG, 2011). Especialista em Cidades, Planejamento Urbano e Participação Popular pela UNIFESP, e mestrando no Programa de Pós-Graduação Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da FFLCH/USP, Ferreira também está entre as pessoas que fundaram e coordenam, desde setembro de 2020, o Instituto Tebas de Educação e Cultura, e, desde agosto de 2024, a Sociedade Luiz Gama (SLG).

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