Foto: divulgação
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Cordão

com Malu Avelar

Geraldo Filme

Pompeia

Duração: 30 minutos

L

atividade presencial

Grátis

Local: Área de Convivência

Data e horário

De 22/06 a 23/06

22/06 • Quinta e Sexta • 19h00
Foto: divulgação
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Cordão carrega esse nome em alusão às agremiações recreativas de carnaval, também às cordas d’águas, corredeiras e à imagem subjetiva de uma corda-legado que se tece entre as gerações negras e suas tecnologias e construções subjetivas e concretas.

A performance se orienta a partir da pesquisa sobre um recorte da produção de Geraldo Filme: compositor, cantor, militante negro e artista de um olhar sensível, que desafiou o tempo, as limitações impostas socialmente e foi o guardião que cantarolou encanamentos e denúncias para que as nossas histórias não fossem apagadas. A narrativa da performance se faz a partir do impulso desse legado que como uma canção de ninar atravessa o corpo e nos conecta à um cordão umbilical invisível, nos permitindo continuar sonhando sonhos de liberdade como aqueles sonhados por essa segunda geração de homens pretos livres que os comunicaram através do Samba se valendo do canto, do batuque e da dança como instrumentos narrativos de igual grandeza.

O Samba visto como passado, presente e futuro daqueles que recebem o encantamento do deslizar os pés, do chamegar nas palavras, do indagar pelo gesto, do chorar com o corpo e cantar em reza. A performance Cordão assim como os sambas de Geraldo se faz “com o que tem e o que não tem”, e se apresenta como dor e alegria e se fecha em ciclo completo. Ciclos esses que no Samba serviram e ainda servem de orientação, acolhimento e suporte de tantas gerações de vidas negras. Sem o Samba seria completamente diferente. Geraldo e o samba paulista Bantu introspectivo dos porões. Samba de dentro para fora.

Cordão carrega esse nome em alusão às agremiações recreativas de carnaval, também às cordas d’águas, corredeiras e a relação desse elemento com as figuras religiosas encontradas submersas nas águas de Pirapora e também à imagem subjetiva de uma corda-legado que se tece entre as gerações negras e suas tecnologias e construções subjetivas e concretas.

Ficha Técnica

Concepção, direção e intérprete: Malu Avelar
Direção Musical: Felinto
Figurino: Eliseu Weide
Preparação Corporal: Diego Nery
Produção: Carol Angelo
Apoio: Mariana Martins

Mini Bio

A artista Malu Avelar nasceu na cidade histórica de Sabará, em Minas Gerais, e iniciou sua formação artística em Belo Horizonte, no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes (CEFAR) e no Grupo Jovem Compasso. Atualmente, desenvolve o seu trabalho artístico na cidade de São Paulo, com parcerias e projetos independentes. Seus últimos trabalhos foram desenvolvidos através de sua pesquisa corporal “Corpo Negro: Tensão e Urgência, colaborando com o projeto “RÉS” da Corpórea Companhia de Corpos, premiado pelo edital “RUMOS’ e tendo como destaque o clipe da Elza Soares, “O que se cala“, o qual coreografou. No ano de 2019, participou da residência PlusAfroT na Villa Waldberta (Munique), iniciando e aprofundando uma performance em dança chamada “1300° – Qual é a saúde de um vulcão?“, com a abertura do processo na cidade de Munique, e a “Sauna Lésbica“, uma obra relacional instalativa que teve a sua primeira edição no segundo programa de residência artística do Festival Internacional Valongo (Santos/2019). A cerne da pesquisa da artista parte do aterramento desse corpo dissidente que vive em constante estado de alerta e tem uma urgência pelo movimento que circula em um mistério que vem de dentro e transborda para além dos discursos que o cristaliza.


Projeto Geraldo Filme e o Samba Paulista

O projeto homenageia o legado de Geraldo Filme, cantor, compositor e militante do movimento negro, profundamente ligado às escolas de samba paulistas. A partir da obra do artista, morto em 1995, as ações buscam identificar a cidade de São Paulo como território de memória da resistência e cultura negra, e o samba como representação dos conhecimentos africanos negligenciados em função do racismo estrutural.

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