O primeiro encontro parte do conceito de contemporaneidade de Giorgio Agamben para discutir como a dança de salão pode ser um espaço de uma prática contemporânea para olhá-la criticamente e, assim, transformá-la. O segundo encontro trata a ideia de travessia de Derridá, compreendendo que a dança a dois só se concretiza quando permitimos que o encontro com o outro nos transforme. O terceiro encontro, a imprevisibilidade – conceito de Derridá – será central, desafiando os participantes a estar plenamente presentes no momento. Por meio do uso de vendas, eliminaremos a visão para intensificar a percepção sensorial e diminuir o julgamento e a antecipação. O quarto e último encontro será a síntese da jornada, integrando os conceitos e práticas desenvolvidos ao longo dos módulos 1 e 2. Partiremos da ideia de que os afetos, compreendidos como forças transformadoras segundo Espinosa, são fundamentais para abrir o corpo às experiências da condução compartilhada.

Com Carolina Polezi, é doutora em Educação (UNICAMP) e criadora do método Condução Compartilhada.
Com Débora Pacheco é pós-doutoranda em Educação Matemática (UFPR).

Referências
DELEUZE, Gilles. Espinosa: filosofia prática. Tradução de Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Escuta, 2002.
Deleuze, G., & Guattari, F. O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia. Editora 34, 1972.
DERRIDA, Jacques. Pensar em não ver: escritos sobre as artes do visível. Florianópolis: Editora da UFSC, 2012.
Polezi, Carolina. Condução compartilhada: caminhos rizomáticos e contracondutores na dança de salão. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação. Campinas, 2023.
Pacheco, Débora Reis. Do Corpo Esgotado à Criação de Currículos-Outros: Uma Ocupação Secundarista Possível. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Educação Matemática. Campo Grande, 2020.