Dançando os Orixás Cantando pro Santo, em 50 minutos de espetáculo representa a guerra, a justiça, o impulso, a ginga, o cuidado e a comunhão como elementos fundamentais para construção da cultura de reexistência das camadas populares. Tal espetáculo vem como confronto, através da linguagem artística, ao projeto político-civilizatório, estrutural do Estado Brasileiro que é essencialmente racista e genocida pela negligência de políticas públicas, e o constante extermínio e invisibilização dos corpos negros, seus símbolos, códigos e sua cultura. O principal elemento é a dança afrobrasileira, que fundamentado na mitologia dos Orixás, coloca em diálogo movimentos ancestrais e contemporâneos, embalados por uma trilha sonora bastante percussiva, além de cantos de domínio público e autoral.

Cia Cambona: um grupo de dançarinas e músicos, atuantes e pesquisadores das manifestações populares brasileiras, sobretudo as danças e ritmos afro-brasileiros. Com uma trajetória forjada nos movimentos sociais e de cultura popular do bairro do Butantã, na capital paulista. Nasce em 2014 como um coletivo artístico que a partir das narrativas da cultura e dos saberes populares busca propagar valores essenciais como união, respeito às tradições, aos mestres e principalmente, respeito às nossas diversidades. Atua com formações de música e dança afro-brasileira, e com a circulação do espetáculo Dançando os Orixás, Cantando pro Santo. Já passou por importantes centros culturais da cidade de São Paulo, interior e litoral. Em 2019 realizou turnê pelo Chile.

Jonaya de Castro é atriz e jornalista, gestora de projetos culturais e pesquisas. Como atriz participou de diversas montagens, como Querô, uma reportagem maldita, no Grupos Folias e Os Sertões, do Teatro Oficina.

Lígia Nicacio é Mestre em Antropologia da educação e dançarina de dança negra contemporânea e danças africanas há 16 anos, atuou em companhias de dança negra com a Cia. Treme Terra e Ballet Afro Koteban, dançando em espetáculos e shows no Brasil, Alemanha e Bulgária.