Data e horário
De 15/02 a 15/02
das 15h às 16h30
[Parte 2]
Explorando a diversidade das linguagens artísticas, como as artes visuais, o teatro e a música, proponho a oficina “Expressão: o Teatro do Oprimido” como continuação da primeira parte “Opressão: O Teatro Experimental do Negro”, que dialoga com Abdias do Nascimento, presente na exposição através da obra *Simbiose Africana*, e com Leda Maria Martins, ensaísta e dramaturga, cunhadora do termo *Oralitura*, que no teatro pode ser compreendido de uma forma ainda mais intensa por meio de formas e expressões corporais, além do texto ou fala.
Esta segunda parte, focada na prática, abre o diálogo para as ideias e discussões de Augusto Boal, que criou um sistema de teatro onde os atores, diretores e produtores não eram artistas profissionais, mas sim camponeses, trabalhadores rurais, pessoas em condição de pobreza ou opressão.
Colocando em prática algumas modalidades do sistema de Boal, poderemos vivenciar, na pele, um dos sistemas artísticos mais revolucionários já criados. Segundo ele, o teatro é “o ensaio para a revolução”.
O objetivo da atividade é incentivar o exercício do olhar dos participantes, desafiando-os a se colocar em diferentes circunstâncias das quais talvez não estejam acostumados, e aplicar essa reflexão no próprio corpo enquanto se ensaia para sua própria revolução.
Após vários meses de visitas e conversas com os frequentadores da unidade, ficou evidente que a maior parte das demandas está mais relacionada a reflexões e diferentes pontos de vista do que a dúvidas específicas sobre uma determinada obra. Minha experiência pessoal, até então, tem mostrado repetidamente que, quando o público tem as “rédeas” das visitas, ele quer conversar sobre suas próprias experiências e visões de mundo, e muitas vezes se interessa também por ouvir. Esta oficina mistura teoria e prática, conversa e ação. Ou seja, é uma extensão e aprofundamento do que costumo fazer com públicos de todas as idades e que tem sido muito bem recebido até aqui.
Lua Gonçalves é produtora e mediadora cultural, educadora de formação licenciada em artes visuais, oficineira e atua em projetos voltados para o fortalecimento da população preta e periférica na cidade de São Paulo. Utiliza a arte como ferramenta de transformação social e territorial. Acredita que o direito à cidade trabalha o pertencimento e fortalece a afetividade.
Vini Barreiras é ator, músico, jornalista e arte-educador. Envolvido com arte e oficinas artísticas e culturais desde a adolescência, percebeu com o tempo que não há diferença entre arte e educação. Atualmente, está terminando a licenciatura em arte-teatro pela UNESP.
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