Arte: Divulgação
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Esgotado

Ecologias e Práticas do Cuidado

Resistir às narrativas dominantes de desencantamento, desistência e alienação

Centro de Pesquisa e Formação

16

atividade presencial

R$ 18,00 Credencial Plena
R$ 30,00 Meia entrada
R$ 60,00 Inteira

Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

Inscrições a partir das 14h do dia 29/5, até o dia 10/6. Enquanto houver vagas.

Data e horário

De 10/06 a 01/07

Terça

15h30 às 18h

Esgotado

Arte: Divulgação
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Partindo do pressuposto de que não há apenas um mundo, mas múltiplas mundificações, e que várias destas estão em extinção, afirmamos a necessidade das práticas do cuidado como dispositivos de regeneração da vida.

O curso Ecologias e Práticas do Cuidado parte da discussão acerca da modernidade como uma cosmovisão e explora seus efeitos, tanto na esfera macropolítica (efeitos sociais, culturais, econômicos, urbanísticos, climáticos etc), quanto na esfera da micropolítica (efeitos nas subjetividades, nos corpos, no desejo, nas relações cotidianas etc).

No ensejo de resistir às narrativas dominantes de desencantamento, desistência e alienação, buscamos aliar-nos a artistas, seres outres-que-humanes e autoras e autores da Psicologia, Antropologia, Filosofia e Biologia. Nos baseamos em uma metodologia ativa, na qual são convocados principalmente os afetos como forma de produção de conhecimento. Para tanto, nos basearemos em discussões teóricas acompanhadas de vivências corporais e artísticas. Propomos um caminho coletivo de exploração de ferramentas sensíveis, imagéticas, afetivas e racionais para esboçarmos formas de ampliar nossos modos de relação com os mundos.

Um chamamento a todas as pessoas que gostariam de explorar esse terreno – seja pela via do trabalho com o cuidado, pelo interesse no tema da ecologia, por pesquisas do campo da arte e/ou por uma vontade ampla de aprofundar a escuta do cosmos. Não requer conhecimento prévio em qualquer uma dessas áreas.

Programa:

Encontro 1 (10/06) – A teia da Vida
Mapeamento inicial que parte da noção de cuidado em rede. Vivência cartográfica para ampliar a percepção das múltiplas relações que cultivamos cotidianamente. Uma proposição expressiva como exercício de sensibilização e de escuta das alianças que nutrimos e por quais somos nutrides.

Encontro 2 (17/06) – Ideias para acabar com o ser humano
Do que se trata o Antropoceno? Quais os seus efeitos? Uma passagem pela constituição da subjetividade moderna e as cisões Eu-Outro, Natureza-Cultura, Humano-Animal, identificando seus efeitos operantes ainda hoje nos corpos, relações e instituições.

Encontro 3 (24/06) – Práticas de cuidado
Inspirando-nos em outros modos de existência, como podemos compreender o cuidado – da vida, de si, des outres e da ambiência? Aliaremo-nos a conceitos como a Teoria de Gaia, a simpoiese, a proposição cosmopolítica e a confluência/transfluência para esboçar outras formas de se habitar-com.

Encontro 4 (01/07) – Sabedorias multiespécies
Um passeio por outras espécies – animais, fungos e vegetais – com o objetivo de conhecer modos outros-que-humanos de produção de cuidado frente ao
Antropoceno. Ampliar nosso repertório como provocação para pensarmos sobre a saúde em nosso planeta hoje.

Com Luas Szemere, mestre em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Subjetividade da PUC-SP, com a dissertação “Clínicas Híbridas” orientada por Suely Rolnik. Ex-DJ, é também membro do grupo FOZ. Pesquisa a intersecção entre o exercício do cuidado, da ética e da ecologia. Atua como terapeuta, professor e facilitador de grupos, tendo como principais referências a esquizoanálise, a visão sistêmica e práticas cartográficas.

Com Lueme Moreira, psicóloga, mãe e membro do grupo FOZ. Vem desde 2017 pesquisando sobre violência e alteridades, tendo realizado uma monografia de conclusão de curso intitulada “O quanto do que você me diz eu consigo escutar? Um estudo sobre diferença”. É especializada em Psicologia e Relações Raciais pelo AMMA Psique e Negritude e há muitos anos estuda intervenções em grupos. No ensejo de conseguir mais ferramentas para a escuta da diferença, acabou se munindo da discussão transdisciplinar sobre pluralidade de modos de existência, produção de saúde e cosmopolítica.

Com Isabela Mayuri, psicólogue, terapeuta corporal, artiste e membro do grupo FOZ. Partindo de uma escuta sensível de si, des outres e do mundo, caminha nas fronteiras entre o corpo, arte, tempo e clínica. Tem experiência na coordenação de oficinas sobre cartografia, saberes corporais, práticas artísticas, jardinagem e experiência com performance e videoperformance em eventos culturais. Fez aperfeiçoamento em Gerontologia Social e Psicogerontologia, extensão em Alinhamento Corporal e também atua com supervisão técnica e formação de equipe na área da Assistência Social.

Sobre o grupo FOZ:
Coletivo transdisciplinar de São Paulo capital, composto por profissionais da psicologia, artes visuais e do corpo, arquitetura e ciências sociais. Desde 2016 pesquisam e atuam na formação em saúde, sempre a partir de uma perspectiva ampliada e da composição de saberes. Apostamos na produção e transmissão de conhecimento a partir do corpo, da coletividade, dos afetos e da arte.

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