Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, a oficina de elaboração contracolonial de personagens negras e/ou LGBTQIAPN+ em poesia e prosa, com Tatiana Nascimento, propõe exercícios de reflexão sobre e criação de personagens a partir do reconhecimento das diferenças na formação de hierarquias humanas que se baseiam em marcadores sociopolíticos. Com intuito de criar possibilidades de representação radicalmente opostas ao que formas comuns e simultaneamente preconceituosas de representatividade têm produzido, tanto a análise de material autoral trazido por participantes, quanto de esboços criados durante o encontro serão parte das ferramentas de elaboração e reelaboração de narrativas e personagens.
 

Minibio

Tatiana Nascimento é brasiliense e pessoa não-binária. Escritora, compositora, cantora, tradutora e editora, tem 16 livros publicados e foi finalista do Prêmio Jabuti de poesia em 2022 com a obra “Palavra Preta”. Traduziu autoras como Audre Lorde, Gloria Anzaldua e Renee Gladman. É idealizadora do primeiro Slam das Minas e criadora da primeira formação sobre privilégio branco e branquitude no Brasil. Conceituadora do termo “cuírlombismo”, abriu uma nova vereda de interpretação, crítica e difusão de produções estéticas negras LGBTQIA+, sendo referência na pesquisa acadêmica no Brasil e internacionalmente no que tange às dissidências sexuais e deserções de gênero diaspóricas. Seu primeiro livro para crianças, “Quando a Mamãe Fica Triste”, com ilustrações da afrovenezuelana Valentina Fraiz, está em processo de edição e será publicado em 2025 pela Editora Peirópolis.