Duração: 40 minutos
atividade presencial
Local: Tecnologia e Artes - ETA | 4º andar
Ingressos à venda online a partir do dia 17/6, às 17h, e nas bilheterias a partir do dia 18/6 às 17h.
O espetáculo estabelece um diálogo entre a origem da gumboot dance e o contexto da mineração e da siderurgia no Brasil, propondo uma reflexão sobre os impactos socioeconômicos e ambientais da atividade ao redor do mundo. O título faz menção ao lingotamento contínuo, uma das etapas da transformação do minério de ferro em aço, e se refere ao estado de exaustão da população frente à crise político-ambiental que o mundo atravessa.
Gumboot dance é uma técnica de dança sul africana que se originou no contexto de mineração no final do Séc. XIX, período de grande expansão da atividade mineradora na África do Sul. Os mineradores de diferentes regiões, culturas e idiomas, criaram uma linguagem corporal e sonora pela necessidade de comunicação e sobrevivência em um espaço subterrâneo, confinado, escuro, frio, insalubre, em um sistema de trabalho precário, opressor e exploratório, onde a comunicação entre os trabalhadores era proibida.
Samira Marana aproxima os territórios geográficos, corporais e simbólicos com elementos da cultura brasileira, como a flauta de bambu pífano, e referências ao samba. Uma composição multidisciplinar que, além da dança, conta com música, poesia, texto e depoimentos de lideranças políticas brasileiras na trilha sonora, produzida em parceria com Guto Souza. Esgotamento Contínuo – espetáculo de gumboot dance reflete temas globais urgentes como exploração do meio ambiente, preservação dos territórios dos povos originários e a luta pelos direitos trabalhistas.
Sobre a artista
É brasileira, natural de São Paulo, nascida em 1986 e criada em Valinhos, cidade agrícola do interior paulista. Teve seu primeiro contato com a arte através da música, aos 6 anos de idade, na escola pública. Atualmente estuda flauta transversal, pífano e trombone. Através da música, se interessou pela dança, e iniciou seus estudos aos 9 anos na Casa da Cultura de Valinhos, atual Centro Cultural Vicente Musselli. Se graduou em dança pela UNICAMP, em 2008, e trabalhou na Companhia Teatro Dança Ivaldo Bertazzo até 2011, onde teve seu primeiro contato com a dança gumboot e com as danças clássicas indianas, o que a levou a estudar, desde 2017, a dança clássica Mohiniattam com a mestra Mandakini Trivedi, natural de Gujarat, Índia. Samira integrou o grupo Gumboot Dance Brasil de 2013 até dezembro de 2021, circulando com os espetáculos “Yebo” e “Subterrâneo”.
Samira tem seu trabalho reconhecido como dançarina, pesquisadora e professora de dança gumboot na África do Sul. Seu trabalho Esgotamento Contínuo foi apresentado no Wits Main Theatre – Universidade de Witwatersrand, Universidade de Joanesburgo e na escola de segundo grau Edward Phatudi (Atteredgeville). Lecionou nas universidades mencionadas, Pretoria Boys High School (Pretoria), projeto Rising Stars Generation (Atteredgeville), Blaq Spider Pantsula (Soweto) e se tornou a primeira mulher a lecionar essa linguagem e o primeiro solo feminino apresentado no país.
Ficha técnica:
Concepção, criação e interpretação: Samira Marana
Trilha sonora: Samira Marana e Guto Souza
Produção, técnico e operador de som: Guto Souza
Paisagens sonoras, samplers/mpc, pífano e violão: Guto Souza
Pífano e flauta transversal: Samira Marana
Vozes em off: Nomthandazo Shangase, Thandi Mseleku, Thabiso Setlhatlole (África do Sul), Peace Madimutsa (Zimbábue), Guto Souza e Samira Marana
Textos: “Lira Itabirana” – Carlos Drummond de Andrade; “Bisneta do Ventre Livre” – Eva Irene Correa Martins
A ação integra o projeto Princípio Motor, no eixo Ritmo.
Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.