Exibição do documentário PUNKS (1983), que retrata o cotidiano de jovens punks na década de 1980, suas perspectivas, dilemas e formas de expressão. Em seguida, será realizado um debate com Sandra Coutinho (As Mercenárias), Ariel Uliana (Restos de Nada), a diretora do filme Sarah Yakhni, o historiador Antônio Carlos de Oliveira e mediação do pesquisador e professor João Augusto Neves Pires.

Sandra Coutinho compositora, baixista, vocalista, produtora musical e programadora de sons. Deu início a sua carreira profissional participando do movimento do rock paulistano dos anos 80 como baixista, vocalista e líder da banda feminina As Mercenárias, cujo pioneirismo, tanto na linguagem musical como em seu conceito estético, influenciou e é espelho, até hoje, para as novas gerações. Foi também integrante do grupo SMACK. Ganhou o prêmio como melhor baixista do ano em 1988, pela crítica da revista BIZZ e melhor LP – Trashland, no mesmo ano. Depois da dissolução de suas bandas, chegou a criar o grupo Spontan de improvisação musical livre, logo antes de migrar para a Alemanha. No país europeu participou como baixista em gravações e shows com a banda alemã The Blech e iniciou sua carreira solo se apresentando por toda Alemanha como One-Woman Show – avangart rock. Durante os seus quatorze anos de residência na Alemanha, realizou seu sonho ao colocar em prática nos seus shows, suas composições repletas de experimentos sonoros com o auxílio de programações e efeitos eletrônicos o que lhe permitiu excursionar como uma solista acompanhada de sua orquestra digital. De volta ao Brasil, integrou, como baixista, o projeto A.k.Benzina de Edgard Scandurra e reativou sua banda, As Mercenárias, com novas integrantes.

Ariel Uliana foi precursor do Movimento Punk no Brasil, é pesquisador da Cultura Punk e um dos primeiros a discotecar o Punk Rock na periferia de São Paulo. Músico, foi cantor de bandas importantes no cenário punk como Restos de Nada, Inocentes, Invasores de Cérebros, entre outras. É produtor musical e cultural, participou de diversos programas de TV, rádio e internet, editou diversos zines, escreve poesia, atou no cinema e foi curador de festivais e exposições.

Antonio Carlos de Oliveira é avô, professor de história rede estadual de ensino, autor de Fanzines e organizador do Acervo Punk físico no CEDIC/COGEAE/PUC-SP e digital em parceria com João Augusto Neves Pires. Autor dos livros “Projetos Pedagógicos Práticas Interdisciplinares”; “Os fanzines contam uma história sobre os punks”; e “Punk – Memória, História e Cultura”. É membro do Centro de Cultura Social/SP, do Núcleo de Estudos Libertário Carlo Aldegheri/Guarujá e do Punk Scholars Network Brasil.

João Augusto Neves Pires é historiador, professor de História da Escola Técnica Estadual de Hortolândia do Centro Paula Souza. É doutor em História na Área de Política, Memória e Cidade pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). No espaço escolar leciona conteúdos e desenvolve projetos relacionados ao ensino de humanidades, com enfoque nas práticas pedagógicas inspiradas na Educação Popular. Inserido em coletivos de mídia livre, promove ações artísticas com temáticas relacionadas às tecnologias digitais, educação e culturas populares. Atualmente realiza estágio de pós-doutoramento no Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP.