atividade online
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Inscrições a partir das 14h do dia 28/10, até o dia 20/11. Enquanto houver vagas.
O curso “Fabulando paisagens psicossociais para o futuro da epidemia de hiv/aids” tem como proposta abrir uma discussão sobre as mudanças ocorridas ao longo do tempo, no Brasil e no mundo, em relação à epidemia de hiv/aids, como por exemplo: os protocolos e métodos de prevenção para o hiv/aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST); as tecnologias de tratamento (farmacológico, médico e de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde [PICS]) ofertadas pelo Sistema Único de Saúde para o acolhimento e cuidado das pessoas que vivem com hiv/aids e outras IST; representações contemporâneas na mídia e nas artes que ressignificam o imaginário negativo construído ao longo de quatro décadas, desfazendo portanto o estigma e o preconceito em relação ao hiv/aids.
A relevância do curso reside em aspectos múltiplos tais quais a produção de novos imaginários sobre o hiv/aids, sobretudo para uma população jovem que não viveu a atmosfera de medo e terror típicas do início da epidemia na década de 1980. Além disso, educar as antigas e novas gerações sobre temáticas relacionadas à saúde sexual e a auto responsabilização dos indivíduos sobre aspectos da sexualidade humana é, também, uma das funções principais da educação integral.
Dessa forma, ao produzirmos um ambiente acolhedor de fala e escuta de jovens e adultos temos a possibilidade de vislumbrar horizontes para a produção e aprimoramento de políticas públicas em saúde, educação, equidade de gênero, respeito às diversidades e diminuição das violências oriundas de um comportamento sorofóbico, que vem a ser “o conjunto de crenças irracionais, discriminatórias e medos infundados sobre hiv/aids que resultam em episódios de violência institucional, física, psicológica e política, não só contra as populações soropositivas, mas também contra grupos sociais mais
vulneráveis à epidemia”.
Analisando os Boletins Epidemiológicos dos últimos cinco anos, publicados anualmente pelo Ministério da Saúde do Brasil, percebemos um aumento no número de óbitos por aids, sobretudo na população jovem e negra, ao mesmo tempo em que percebemos uma diminuição na população jovem e branca. Além disso, esses documentos oficiais produzidos pela instância federal demonstram, cada vez mais, que não é possível compreender a epidemia de hiv/aids sem produzir um olhar interseccional e localizado, portanto, compreender e dialogar sobre as demandas contemporâneas que atravessam a epidemia, pode nos ajudar a acolher e cuidar melhor dos indivíduos vulneráveis à epidemia e outras Infecções Socialmente Transmissíveis.
Nesse sentido, o curso se justifica por sua capacidade dialogar sobre as quatro décadas da epidemia de hiv/aids, além de estabelecer uma ponte importante entre universidade e sociedade, sobretudo a partir da população jovem, negra, indígena e/ou LBGTQIAPN+, que figuram como grupos prioritários nas repostas púbicas à epidemia.
A metodologia do curso se baseia em encontros e formações dialogadas, divididas em dois momentos: um inicial, com o panorama histórico da epidemia e um segundo em que as questões contemporâneas, como as novidades no tratamento e na prevenção (PrEP – Profilaxia Pré-Exposição; PEP – Profilaxia Pós-Exposição; tratamentos injetáveis; prevenção combinada etc.) ou a importância política das ações no campo das linguagens artísticas para os discursos sobre hiv/aids, por exemplo, são esmiuçadas, vislumbrando a construção de espaços de fala e escuta das múltiplas comunidades que são atravessadas pela epidemia (profissionais de saúde, da educação, da cultura, das artes e pessoas de movimentos sociais).
Com Ramon Victor Belmonte Fontes, multiartista, doutor em Literatura e Cultura e mestre em Cultura e Sociedade pela UFBA, bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela UNEB e especialista em Estudos Culturais, História e Linguagens pela UniJorge.
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