atividade presencial
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
Inscrições a partir das 14h do dia 25/2, até o dia 27/3. Enquanto houver vagas.
A invisibilização de mulheres no processo de produção do conhecimento científico é só um fio no novelo que compõe a apropriação e negação das epistemologias gestadas por corpos não-hegemônicos.
Este curso visa apresentar (e experimentar) algumas críticas feministas à ciência e tecnologia.
Essas críticas vêm ocupando cada vez mais espaço dentro dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia, e impactando campos como a antropologia, filosofia e história.
O curso é destinado a um público amplo, focado em pessoas que pesquisam sobre, com e nas tecnociências, em especial nas ditas “ciências duras” e engenharias.
São quatro encontros onde serão apresentados os trabalhos pioneiros de algumas autoras como Donna Haraway, Sandra Harding e Isabelle Stengers, e também tensionamentos às críticas femininas produzidos por pesquisadoras contemporâneas latinas e brasileiras.
Programação:
27/03, das 16h às 18h30
Objetividade científica e o problema do/no corpo de quem pesquisa
– Panorama da crítica feminista durante as “Science Wars” na década de 1990;
– Objetividade e ciência descorporificada;
– Saberes situados e objetividade forte.
03/04, das 16h às 18h30
Metáforas científicas, natureza e corpos marcados
– O enfoque material-semiótico;
– Metáforas e a produção de relações entre quem pesquisa e aquilo que é pesquisado;
– Tropos e figurações como resposta feminista.
10/04, das 16h às 18h30
Encontro: O truque de Deus e olho canibal
– História da ciência como história de instrumentos de visualização;
– Progresso, modernidade, colonialidade e racismo na história da ciência e tecnologia;
– Comprometimento, responsabilidade e trauma de guerra na produção do conhecimento científico.
17/04, das 16h às 18h30
Habitar zonas de experiência devastada
– Marxismo, feminismo e as herdeiras infiéis;
– Capitalismo como sistema de feitiçaria sem feiticeiros;
– Ciência, tecnologia, futuro e imaginação.
Encontro: Ficar com o problema? Não ferir os sentimentos estabelecidos?
– Impactos das críticas feministas à ciência e tecnologia nos modos de produção do conhecimento científico;
– Metodologias de pesquisa feministas;
– Estratégias feministas para estar e permanecer produzindo conhecimento científico.
Com Clarissa Reche, artesã, designer, educadora, e pesquisadora, habitando a fronteira entre ciência e arte. Desenvolve pesquisas na área de antropologia da ciência e tecnologia e estudos sociais das ciências e tecnologias. É doutora em Ciências Sociais (IFCH-UNICAMP), mestre em Culturas e Identidades Brasileiras (IEB-USP), bacharel em Design Industrial (Mackenzie-ProUni) e Ciências Sociais (FFLCH-USP). Faz parte da equipe do podcast de antropologia Mundaréu (Unicamp/UnB), trabalhando como pesquisadora, produtora e roteirista.
Com Marisol Marini, doutora e mestra em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP). Possui graduação em Ciências Sociais pela mesma universidade. Foi pesquisadora visitante na Universidade de Maastricht, na Holanda, entre 2015 e 2016. Realizou estágio de pós-doutorado no Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP, de março de 2019 a fevereiro de 2022. Foi pesquisadora de pós-doutorado na Universidade McGill, no Departamento de Estudos Sociais da Medicina, de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023.
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