A ação cênica preta, favelada, urbana e transversal de Wellington Gadelha propõe um instante poético de denúncia e afronta. A performance parte da investigação de um corpo roleta-russa, enquanto discurso, para refletir questões urgentes que vão das chacinas cotidianas na cidade de Fortaleza, no Ceará, ao massacre estrutural da população negra no país.
Ao atravessar a dança pelas artes visuais, o artista se relaciona com objetos – criando e recriando as formas e os sentidos que as materialidades carregam – e constrói uma corporeidade que joga e que está prestes a disparar algo. A composição busca experimentar os aspectos relacionais desse corpo-objeto, como discurso e como arma, capaz de perfurar as fronteiras pré-estabelecidas para o negro na dança e de repensar territórios, violências e circuitos subjetivos de segregação étnico-racial e espacial no contexto urbano.
FICHA TÉCNICA
Criação, dramaturgia e pesquisa sonora: Wellington Gadelha; Criação audiovisual e sonorização: Priscilla Sousa; Iluminação: Yanka Leandra; Cenografia: Wellington Gadelha e Emanuel Oliveira; Interlocutores dramatúrgicos: Leonardo França e Thereza Rocha; Produção musical: DJ Pedro Ribeiro; Produção executiva: Georgiane Carvalho; Produção: Plataforma Afrontamento; Apoio: Rumos Itaú Cultural.
Utilizamos cookies essenciais, de acordo com a nossa Política de Privacidade, para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.