A intervenção artística é realizada utilizando a técnica de taipa de pilão, um saber construtivo ancestral de baixo impacto ambiental. Essa técnica consiste em compactar terra crua e agregados naturais dentro de formas de madeira ou metal, formando, após o desmolde, um monobloco resistente e de textura marcante.

Durante o processo, as camadas compactadas permanecem visíveis, permitindo a criação de diferentes nuances e tonalidades com o uso de terras de variadas cores. Além da estética singular, a taipa de pilão se destaca por sua resistência, durabilidade e por ser composta inteiramente por materiais naturais: sua desmontagem não gera resíduos nem impactos ambientais, e seus componentes podem ser totalmente reintegrados ao meio ambiente.

A obra é construída ao longo do funcionamento do Sesc, possibilitando que o público acompanhe todo o processo “camada por camada” e interaja com o artista durante a criação. A proposta da intervenção é provocar uma reflexão sobre o tempo e a memória, evocando as camadas de terra que, na arqueologia, revelam fragmentos da nossa história.