Cred: Cíntia Antunes/ Acervo pessoal
Cred: Cíntia Antunes/ Acervo pessoal

Introdução ao bajubá

com Amara Moira e Isabella Miranda

24 de Maio

Duração: 120 minutos

16

atividade presencial

Grátis

Local: Tecnologias e artes | 4º andar

Inscrições a partir de 5/3 para todos os públicos.

Datas e horários

De 25/03 a 28/03

25/03 • Terça • 18h30
26/03 • Quarta • 18h30
27/03 • Quinta • 18h30
28/03 • Sexta • 18h30
Cred: Cíntia Antunes/ Acervo pessoal
Cred: Cíntia Antunes/ Acervo pessoal

Este curso propõe um mergulho profundo na cultura travesti, desmistificando visões preconceituosas a respeito da mesma e estimulando num público amplo, seja ele LGBTQIA+ ou não, o desejo de se aproximar e de conhecer mais da comunidade. O bajubá, língua criada pelas travestis como ferramenta de proteção e que, aos poucos, foi se tornando chave para a identidade do grupo, será o fio condutor. A atividade se dividirá em quatro módulos:

1) história da comunidade travesti 
Resumo: Neste módulo, serão debatidos alguns dos pontos chave da história e cultura da comunidade, abarcando elementos como: o processo que leva a palavra “travesti” a remeter a essa população e a diferença para com as transexuais (e outras categorias identitárias), a relação estreita entre a identidade travesti e o trabalho sexual, o desenvolvimento das tecnologias de transformação corporal, a perseguição policial com amplo aval do Estado e da mídia hegemônica, a epidemia do HIV/aids, as migrações dentro e fora do país.

2) surgimento e consolidação do bajubá 
Resumo: Neste módulo, a história do bajubá será o centro das atenções, discutindo-se as razões por trás de sua criação (ferramenta de proteção a princípio, mas depois também um importante elemento na definição da identidade travesti), a cultura oral que possibilita o surgimento do bajubá e a sua disseminação pelo país (boca a boca, dinamismo e variações regionais), as primeiras menções a uma língua da comunidade, os glossários e dicionários existentes.

3) desvendando o bajubá 
Resumo: Neste módulo, teremos uma descrição formal da língua, apresentando os procedimentos que estiveram na base de sua formação e expansão: a apropriação das línguas de terreiro (ex: erê, ajeum, padê), a ressignificação do português (ex: babado, colocação, barroco) e a incorporação de palavras de outros idiomas europeus (ex: close, bafão, guanto, regalo). Junto a isso, serão trazidas algumas das palavras mais conhecidas da língua e a importância que elas possuem para a cultura travesti.

4) bajubá na cultura popular 
Resumo: Por fim, no último módulo, abordaremos o momento em que o bajubá rompe as fronteiras da comunidade e passa a marcar presença na cultura popular brasileira, o que se percebe pela sua utilização em programas humorísticos (p.ex., na aula de bichês), em obras literárias e letras de canções (Linn da Quebrada, Leona Vingativa), na polêmica questão do ENEM de 2018 e, sobretudo, na proliferação de memes envolvendo travestis.

Sobre as ministrantes

Amara Moira é travesti, feminista, doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp e autora dos livros “E se eu fosse puta” (n-1 edições, 2023) e “Neca: romance em bajubá” (Companhia das Letras, 2024). Além disso, ela é colunista do UOL Esporte e da plataforma Fatal Model. Atualmente atua como Coordenadora no Museu da Diversidade Sexual, em São Paulo.

Isabella Miranda é travesti, negra, marajoara, formada em Letras pela Fibra Centro Universitário (Belém/PA) e atualmente está no terceiro semestre do Curso Técnico de Atuação da SP Escola de Teatro (São Paulo/SP). As experiências com as travestis na rua e a vivência na umbanda, religião de matriz africana que conheceu dentro do espaço familiar, lhe proporcionaram um aprendizado profundo seja do bajubá, seja da cultura travesti, elementos imprescindíveis para os cursos que vem ministrando nos últimos anos. Importante destacar a sua atuação como Dominatrix profissional em São Paulo, desde 2021. Por fim, registre-se o fato de ela ter sido organizadora das duas primeiras edições da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Cachoeira do Arari (PA), cidade na Ilha do Marajó onde passou a maior parte da vida.

Duração das aulas: 120 minutos

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