O Laboratório de Espaços Culturais iniciou sua jornada no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP em 2015, com a proposta de criar um espaço de experimentação e troca de experiências com quem estava à frente de iniciativas culturais.
Na edição de dez anos, a proposta é reunir participantes das edições passadas e novos participantes num encontro com trocas vivas de experiências e processos colaborativos. O tema a ser explorado em 2025 é Sopro, inventário das poéticas brasileiras.
Um percentual de vagas será aberto a novos participantes.
Em parceria com o binåh espaço de arte e com convidados especiais — Stela Barbieri, Chris Greiner, Mauricio Trindade da Silva, Benjamim Taubkin e Aimar Labaki — o laboratório, coordenado por Marta Porto, pretende criar um espaço de cocriação, experimentação, debate e construção de visões de presente e futuro para as práticas culturais.
Percurso
Ambiente
Instala-se um gabinete de curiosidade, criado inicialmente como um ofertório feito de elementos oferecidos pelos convidados e equipe gestora e, ao longo do laboratório, acrescido de objetos trazidos pelos participantes e trocas realizadas.
Abertura dos trabalhos
Ritual de chegada, com músicos convidados.
Alinhamento e trocas abertas
Integração entre os participantes. Apresentação resumida das experiências, projetos, dúvidas de cada uma/um.
Jornada temática e cocriação
Imersão colaborativa em temas relevantes para a gestão cultural.
Como espaço de experimentação, o laboratório se estrutura sempre a partir de temas-convite que organizam as ideias e hipóteses trabalhadas pelos participantes.
Sopro, inventário das poéticas brasileiras, inspirado na cosmovisão tupi-guarani da flauta em pé, é o tema central da proposta de trabalho. A ideia de sopro invoca uma necessidade de renovação e regeneração institucional, fazendo uso da leveza como metáfora de uma poética de mudança. Uma mudança que busca no espírito do nosso tempo e nas raízes brasileiras sua fonte de renovação.
Alguns temas foram destacados como objeto de investigação:
Consciência
Referentes sobre o tempo e o contexto que vivemos coletivamente. Quais temas estão na ordem do dia no debate internacional das artes e da cultura?
Comum
Uma imersão nas ideias sobre cultura e comunidade, identidade e identitarismos e a produção de sentidos comuns associado a desafios da gestão cultural.
Cuidado
A pandemia e os tempos de guerras, conflitos e pressões extremas trazem o tema do cuidado para o centro do debate cultural.
Pausa
Ansiedade, sofreguidão, narcisismos diversos são fatores que afligem nossos tempos. Trabalha-se a ideia de cultivar a pausa como elemento em processos de ateliês e curadorias.
Brasilidades
Olhar, escutar os brasis, os muitos brasis que fazem parte da nossa memória e da vitalidade da nossa experiência como corpo cultural e social.
Com Chris Greiner (comum), professora livre-docente em Comunicação e Artes pela PUC-SP. Ensina no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, onde coordena o Centro de Estudos Orientais, e no curso de graduação em Comunicação das Artes do Corpo. É autora de diversos livros e artigos sobre cultura japonesa, arte contemporânea e estudos do corpo. É curadora de projetos com Ricardo Muniz Fernandes e Hideki Matsuka, e colabora com artistas das artes visuais, da performance e da dança.
Com Stela Barbieri (pausa), artista, autora, educadora e contadora de histórias. Dirige o binåh espaço de arte, um lugar de educação e invenção. Foi diretora da ação educativa do Instituto Tomie Ohtake, curadora educacional da Fundação Bienal de São Paulo e assessora de arte e educação para várias escolas e museus em diferentes estados do país. Publicou materiais educativos, livros para professores e trinta livros para o público infantojuvenil.
Com Marta Porto (consciência e cuidado), consultora, autora e curadora com reconhecida trajetória na formulação e gestão de políticas públicas de cultura, comunicação e cidadania. Com mais de trinta anos de atuação, desenvolveu e liderou programas em governos, organismos multilaterais, fundações internacionais e redes da sociedade civil em toda a América Latina. Foi secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do Ministério da Cultura do Brasil, Coordenadora da Unesco no Rio de Janeiro, Membro-relatora da Agenda 21 de Cultura.