atividade presencial
Grátis
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
Inscrições a partir das 14h do dia 27/3, até o dia 29/4. Enquanto houver vagas.
Atualmente, existe no Brasil uma vasta coleção de livros produzidos com autoria, organização e mediação editorial indígena. Ainda pouco sistematizado, esse acervo cresceu significativamente a partir dos anos 2000, impulsionado por publicações vinculadas a políticas públicas de educação, cultura e saúde para povos indígenas, além de iniciativas da sociedade civil organizada e do setor editorial. Produzidos em um contexto de ampla diversidade cultural, linguística e de experiências indígenas, esses livros demandam maior reconhecimento público e espaços mais amplos de troca e reflexão. Com o intuito de fomentar uma troca de aprendizados, propomos reunir 15 convidados em uma série de encontros, discutindo temas relacionados à produção, tradução, disseminação e recepção do que chamamos de “livros indígenas”. Discutiremos a transição das expressões das comunidades indígenas para o meio escrito, levantando questões sobre documentação, codificação linguística, adaptação às convenções editoriais e as interseções entre educação escolar e produção de livros. Discutiremos também as complexidades da tradução entre idiomas e cosmovisões distintas, as características dos processos colaborativos e de direitos intelectuais, autorais e comerciais. Abordaremos ainda os desafios editoriais enfrentados na produção, distribuição e recepção dos livros indígenas, incluindo a escolha de formatos, gêneros textuais e estratégias para garantir uma maior visibilidade e reconhecimento dessas obras no espaço público brasileiro.
Este evento será realizado de abril a agosto de 2025 com uma mesa de debate em cada mês. A primeira mesa aborda Livro indígena e resistência.
Examinamos aqui a transição de conhecimentos e expressões de comunidades indígenas para livros. Que possibilidades se abrem e quais desafios emergem na produção desses artefatos? O que se ganha e o que se perde ao documentar, codificar linguagens, fixar falas no registro escrito e transitar entre convenções editoriais?
Organização: Luísa Valentini e Camila de Caux
Parceria com Editora Hedra (Coleção Mundo Indígena)
Com Auritha Tabajara, escritora, cordelista e contadora de histórias. Nascida na aldeia de Ipueiras (CE), é autora de livros como Magistério Indígena em Verso e Poesia e Coração na Aldeia, Pés no Mundo, além de coautora de Apytama, vencedor do Jabuti 2024.
Com Timoteo Popygua é coordenador da Comissão Guarani Yvyrupa e cacique da aldeia Takuari (SP). Em A Terra Uma Só e A Folha Divina (ambas pela Hedra), traz narrativas Guarani Mbya sobre a origem da terra e dos seres, destacando o bem viver e a preservação da Mata Atlântica.
Mediação Paula Guajajara, graduanda em Letras na USP e pertence ao Povo Tenetehara, do Maranhão. Atua no Núcleo de Transformação e Saberes do Museu das Culturas Indígenas (NUTRAS-MCI) e é bolsista do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (PUB-MAE-USP).
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