atividade presencial
Grátis
Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo
Inscrições a partir das 14h do dia 29/5, até o dia 24/6. Enquanto houver vagas.
Atualmente, existe no Brasil uma vasta coleção de livros produzidos com autoria, organização e mediação editorial indígena. Ainda pouco sistematizado, esse acervo cresceu significativamente a partir dos anos 2000, impulsionado por publicações vinculadas a políticas públicas de educação, cultura e saúde para povos indígenas, além de iniciativas da sociedade civil organizada e do setor editorial. Produzidos em um contexto de ampla diversidade cultural, linguística e de experiências indígenas, esses livros demandam maior reconhecimento público e espaços mais amplos de troca e reflexão. Com o intuito de fomentar uma troca de aprendizados, propomos reunir 15 convidados em uma série de encontros, discutindo temas relacionados à produção, tradução, disseminação e recepção do que chamamos de “livros indígenas”.
Discutiremos a transição das expressões das comunidades indígenas para o meio escrito, levantando questões sobre documentação, codificação linguística, adaptação às convenções editoriais e as interseções entre educação escolar e produção de livros. Discutiremos também as complexidades da tradução entre idiomas e cosmovisões distintas, as características dos processos colaborativos e de direitos intelectuais, autorais e comerciais. Abordaremos ainda os desafios editoriais enfrentados na produção, distribuição e recepção dos livros indígenas, incluindo a escolha de formatos, gêneros textuais e estratégias para garantir uma maior visibilidade e reconhecimento dessas obras no espaço público brasileiro.
Este evento iniciado em abril seguirá até agosto de 2025 com uma mesa de debate em cada mês.
A terceira mesa aborda Línguas, linguagens e traduções.
Examinamos aqui a transição de conhecimentos e expressões de comunidades indígenas para livros. Que possibilidades se abrem e quais desafios emergem na produção desses artefatos? O que se ganha e o que se perde ao documentar, codificar linguagens, fixar falas no registro escrito e transitar entre convenções editoriais?
Com Juão Nÿn, multiartista Potyguar/a militante do Movimento Indígena, comunicador da APIRN (Articulação dos Povos Indígenas do Rio Grande do Norte). Formado em Teatro pela UFRN, lançou em 2020 o livro bilíngue de dramaturgia “TYBYRA – Uma Tragédia Indígena Brasileira”.
Com Izaque João, Antropólogo e historiador do povo Kaiowa. É organizador do livro Cantos dos animais primordiais (2021), de Ava Ñomoandyja Atanásio Teixeira.
Com mediação de Rafael Fares, pesquisador, poeta e compositor. Doutor em literatura indígena e professor da UEMG, desenvolve o projetos de educação indígena e o Programa Encontro de Saberes. Realiza livros, filmes e exposições com indígenas, como Curar (com os Maxakali, 2008), Para seu trono lirar (com os Xacriabá, 2012) e Nixpu Pima (com os Huni Kuin, 2015).
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