Tendo como principal guia as falas dos próprios ilusionistas, a pesquisa revela as relações sociais que perpassam a mágica, especialmente no contexto brasileiro, e o percurso de construção do ilusionismo, mostrando seus conflitos conceituais-identitários nas tensões entre a ciência e as artes performativas.

Alinhada aos teóricos-artistas do segmento, como Juan Tamariz e Ricardo Harada, que reivindicam para o ilusionismo o lugar de arte, e defendem a autonomia da mágica como linguagem cênica, a palestra compartilha os achados da pesquisa, debate a relação da mágica com o circo, o teatro, e o mundo dos espetáculos, mas também aborda as relações entre os(as) ilusionistas e destes com os objetos/aparelhos, as técnicas e habilidades deste ofício. Por fim, enfatiza a tão necessária pauta de gênero dentro do ilusionismo, inclusive para contribuir com a ampliação do espaço das mulheres e com a promoção de práticas antimachistas no meio mágico.

Com Christianne Galdino, escritora, artista, jornalista, pesquisadora e produtora cultural. Doutora em Antropologia pela UFPE. Desde 2017, realiza, dirige e faz a curadoria do FIM-Festival Internacional de Mágica, juntamente com o ilusionista Rapha Santacruz. Coordenadora local dos projetos permanentes da Fever, em Recife: Concertos Candlelight, e We Call It.