A peça é uma experiência performática, onde através de objetos, imagens e livros posicionados no espaço, vão sendo evocadas memórias do artista sobre a relação do corpo humano com o corpo vegetal e assuntos relacionados à metamorfose do corpo em planta.
Utiliza a contação de histórias e a divulgação científica como ferramenta poética e expressiva para refletir e ampliar a ideia de vida para além do humano, convocando a admiração, a beleza e o encantamento pelo universo vegetal. Está composta por uma parte essencialmente narrativa e descritiva, com alguns jogos cênicos de luz e som, onde as pessoas interagem em diferentes atmosferas, dependendo do objeto escolhido. São as escolhas da plateia que desenham a dramaturgia da peça, pois é o público quem define em cada apresentação quais histórias serão contadas. O final da performance é sempre a mesma, a transformação metafórica do corpo em flor.
Apresenta um entrecruzamento de estudos científicos recentes sobre inteligência vegetal com narrativas que falam de uma natureza vegetal encantada. Os conteúdos apresentados são inspirados no “Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida”, que é um projeto orientado pelo pensador indígena Ailton Krenak e a editora Dantes, onde se tem como objetivo articular conhecimentos a partir de perspectivas indígenas, tradicionais, acadêmicas e científicas.
Ficha técnica:
Criação, direção e performance: Mauricio Flórez
Dramaturgia e assistência de direção: Gustavo Miranda
Concepção de iluminação e espaço cênico: Hideki Matsuka
Assistência de iluminação e operação de luz: Patrícia Savoy
Produção: Corpo Rastreado / Danusa Carvalho
Criação de figurino: Beto Souza / Thelores Drag
Criação de trilha: Hedra Rockenbach
Ambiente sonoro: Gustavo Miranda
Objetos cênicos e adereços: Marcos Yamamoto (cerâmicas), Satie Inafuku – arteSfato (adereço cabeça), Mauricio Celis (coração)
Contrarregragem: Marcos Yamamoto e Enrique Casas
Colaboração artística: Key Sawao, Ricardo Iazzetta, Carol Minozzi, Bia Sano, Marco Xavier, Pedro Galiza, André Menezes
Aulas de botânica: Anderson Santos – Escola de Botânica de São Paulo
Apoio: Key Zetta e Cia.; Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida e Oficina Cultural Oswald de Andrade
Mauricio Flórez – É dançarino, professor e coreógrafo. Nasceu em Medellín – Colômbia e mora em São Paulo desde 2012. É formado em dança e pedagogia na Universidade de Antioquia. Atualmente é estudante de botânica na Escola de Botânica de São Paulo e faz parte da comunidade Selvagem, espaço de pesquisa onde confluem arte, ciência e filosofias ancestrais indígenas, coordenado pelo pensador indígena Ailton Krenak e a Editora Dantes. Desde 2014 integra o núcleo artístico Key Zetta e Cia. com direção de Key Sawao e Ricardo Iazzetta. Como artista independente, criou as peças: Bolero (2015), UM (2017) e Memórias para se transformar em flor (2024). Junto a seu parceiro Gustavo Miranda, criou uma série de 65 minifilmes durante o período do isolamento social, este projeto foi indicado pelo APCA como melhor criação em dança em 2020.
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