Este encontro traz diferentes vivências de ser uma mulher negra, latina e migrante na América Latina, a partir das histórias de quatro mulheres de quatro países diferentes.

A conversa será entremeada de poesias e músicas apresentadas pelas convidadas, além de um setlist musical preparado pela DJ Discolada, com um repertório de artistas negras latino-americanas.

Luisa Salomé Alvarez é dominicana, tem 23 anos e está no Brasil há dois anos. Concluiu diversos cursos como língua portuguesa para estrangeiros, informática, auxiliar administrativo, auxiliar de logística, secretariado, entre outros, aqui e no seu país. Tem ensino superior incompleto, estava estudando engenharia industrial. Participou do projeto Sabores em Refúgio, do Sesc Osasco, de intercâmbio entre pessoas refugiadas e migrantes e estudantes de gastronomia do Senac.

Vanessa Páez é natural da Venezuela. Seu encantamento com a arte se deu ainda na infância, pois nasceu em uma família de músicos e desde criança participava das “parrandas” (festas folclóricas) de Barlovento, sua região, cantando em corais e dançando. Ainda no cárcere, na Penitenciária Feminina da Capital, em 2016, Vanessa publicou seus primeiros trabalhos. Vanessa canta, é percussionista e dançarina, destacando-se especialmente nas canções e danças folclóricas venezuelanas.

Rachelle Louis Joseph é haitiana, chegou no Brasil em 2016. É mãe de 2 meninas nascidas no Brasil. Formada em Hotelaria e Turismo no Haiti e Administração de Empresas no Brasil. Atualmente atua como bancária. Tem experiência no Brasil no setor de migração. Já integrou o projeto Refúgios Humanos, de formação para professores da rede pública de São Paulo em relação ao tema de refúgio e migração.

Vanessa Oliveira é jornalista e latino-americanista, especialista em política cubana. É doutora em Ciência da Informação e da Comunicação pelas universidades Paris VIII e UFABC e mestre em estudos latino-americanos pelo IHEAL, Sorbonne Nouvelle – Paris III. É professora de jornalismo nas Universidades Mackenzie e PUC-SP e pesquisadora afiliada do instituto de pesquisa coletiva Alameda.

DJ Discolada é santista residente em São Paulo. Colecionadora de vinil de longa data, Dona Jo assumiu em 2016 a sua persona artística por meio do projeto Discolada, como sugere o nome. As bolachas de vinil são o ponto forte de sua performance. Suas referências vêm sempre bem variadas: do bom reggae até o jazz, soul, bossa nova e brasilidades. Faz parte da coletiva Uhmanastv, coletiva Vinílicas e da Coletiva Cesta. Seu set traz a boa música tradicional brasileira, misturada com elementos de uma missa cantada congolesa e as raízes do reggae, que já viraram assinatura da artista.