Cidade de São Paulo, 2025. O casal Nora e Marcelo, com seus três filhos, está de mudança para uma casa no condomínio onde passaram a infância e a adolescência. A ação da peça transcorre nesta nova casa da família, durante um final de semana.

Assim como na peça original de Henrik Ibsen, Casa de Bonecas, com a qual o espetáculo dialoga, há fatos do passado recente e toda uma estrutura patriarcal que impelem Nora aos conflitos que resultarão na tomada de consciência da personagem.

Se no original temos o relato das personagens sobre a festa que acontece no apartamento de cima, em Nora e a Porta a festa acontece em primeiro plano, na casa da família. É na festa que situações que pareciam estar sob controle vão tomando proporções que fogem do domínio das personagens.

A festa torna-se o ambiente propício para que as personagens se encontrem numa panela de pressão pronta a explodir, deixando vazar fantasias, frustrações e desejos reprimidos, na mesma proporção do peso dos papéis que carregam. Mas se todas as personagens estão a ponto de vazar, é Nora que, ao se dar conta dos mecanismos de opressão, de modo mais ou menos epifânico, toma alguma atitude para romper com o circuito. Atravessar uma porta? Talvez.

Ficha técnica:

Dramaturgia – Marina Corazza
Direção – Sandra Corveloni
Co-Direção – Maristela Chelala
Elenco

• Adriana Mendonça
• Anderson Negreiro
• André Garolli
• Carlos de Niggro
• Heitor Goldflus
• Rita Pisano

Trilha Sonora – Dani Nega
Iluminação – Gabriele Souza
Cenografia e Figurino – Anne Cerutti
Operação de Luz – Paloma Dantas
Coordenação de Produção – Cicero de Andrade – Mosaico Produções
Assistente de Produção – Dani Simonassi
Assessoria de Imprensa – Rafael Ferro e Pedro Madeira
Assessoria Jurídica – Thiago Oliveira
Assessoria Contábil – Tuty e Lyla
Fotografia – Angélica Prieto
Designer Gráfico – Fepa Teixeira

Esse projeto é formado por um coletivo de artistas com longa trajetória nas Artes Cênicas e trabalhos em comum, reunidos aqui em torno da pesquisa e construção dramatúrgica, que parte do texto Casa de Bonecas, por perceberem a urgência de elaborar, discutir e aprofundar as questões relacionadas ao patriarcado e à vida contemporânea. Essa é uma produção do Teatro da Cachanga.

Sessões com tradução em Libras nos dias 27/2 (quinta-feira), 7/3 (sexta), 11/3 (terça) e 19/3 (quarta-feira).