A partir dos contextos abordados na exposição “Nós – Arte & Ciência por Mulheres”, Miria Alves, Mônica Ventura, Romária Sampaio e Tricka Carvalho, mediadas por Bea Andrade, debatem as diversas construções das mulheridades e as vivências artísticas femininas.

A atividade compõe a programação da exposição NÓS – Arte & Ciência por Mulheres, em cartaz no Sesc Interlagos até 30/03/2025.

Minibios:

Miria Alves
Com 14 anos de carreira, Miria Alves é referência na cena Hip Hop brasileira. DJ paulistana, se destaca pela versatilidade ao transitar por gêneros como Hip Hop, R&B, MPB, Dance Hall e Funk. Conquistou o 2º lugar no campeonato de mixagem da Numark Brasil, foi apresentadora do Black TV (AIITV) e integrou o grupo D’Quebrada Rap, com quem lançou o CD Batidas e Rimas. Buscando ampliar a representatividade feminina no cenário musical, criou a Groovetown, produtora de projetos voltados para mulheres, e o Todas Podem Mixar, iniciativa de formação de DJs.

Mônica Ventura
Artista visual e designer, Mônica Ventura nasceu em São Paulo (1985), onde vive e trabalha. Bacharel em Desenho Industrial pela FAAP e mestranda em Poéticas Visuais na ECA-USP, pesquisa filosofias e processos construtivos de arquitetura e artesanato pré-coloniais. Suas obras exploram o feminino e a racialidade, trazendo narrativas que entrelaçam memória, ancestralidade e o corpo negro em diferentes contextos. Seu trabalho também dialoga com cosmologias afro-ameríndias, transcendendo objetos e símbolos para explorar suas dimensões rituais e filosóficas.

Romária Sampaio
Neta e filha de uma linhagem baiana, Romária chegou ao Grajaú (extremo sul de SP) aos quatro anos. Cresceu em um ambiente permeado por práticas de benzimento e medicina popular, o que a motivou a seguir esse caminho. Sua trajetória inclui estudos e vivências com quilombolas, curandeiros, raizeiros e benzedeiras em diversas regiões do Brasil (RJ, GO, BA, PE). Pós-graduada em Fitoterapia Brasileira e Chinesa e estudante de Acupuntura, desde 2016 conduz o projeto Receitas da Vó, que promove encontros para fortalecer os saberes tradicionais e ampliar o acesso ao cuidado com plantas medicinais na periferia.

Tricka Carvalho
Atriz, produtora e artista visual, Tricka Carvalho nasceu em São Paulo e cofundou a coletiva teatral Carcaça de Poéticas Negras, que investiga o corpo negro urbano, suas diásporas e o impacto do racismo na contemporaneidade. Sua trajetória artística começou em 2010 em programas sociais de inclusão cultural na periferia, desenvolvendo-se de forma autônoma e dentro do movimento de teatro de grupo.

Bea Andrade (mediação)
Curadora, produtora cultural e audiovisual, Bea Andrade é coordenadora executiva de projetos como o Prêmio Pretas Potências (2023-2024). Fundadora da ONILÉ Prod., hub de criação e arte preta, dirigiu o documentário Mulheres do Ayê: saberes ancestrais através das ervas (2021). Ativista pelos direitos da população preta LGBTQIAPN+, recebeu os prêmios Noite Odara e Ruth de Souza (2022). Em 2023, assinou a produção da OJU – Roda Sesc de Cinemas Negros e do projeto Todas Podem Mixar. Em 2025, passa a integrar o corpo formativo do Programa Jovem Monitor Cultural, política pública que insere jovens periféricos em equipamentos culturais da cidade.