Data e horário
das 14h às 15h30
Tradução em Libras
A montagem foi criada coletivamente a partir do conto Quando as cores foram proibidas, da autora alemã Monika Feth, e aborda assuntos como democracia, coletividade e respeito à diversidade de pensamento. Ao trazer essas discussões para a cena, a peça se propõe a dialogar com o público: qual é o projeto político de país que queremos para nós? Que mundo estamos construindo juntos? “Ao longo do processo de criação, que aconteceu entre 2019 e 2021, vivíamos sob o governo Bolsonaro. No conto original, uma Bruxa chega para consertar o país. No nosso caso, imaginamos que a solução precisava vir do próprio povo, para trazer as complexidades das questões enfrentadas e não recorrer a resoluções imediatas e milagrosas”, diz Lucas Leite, ator do grupo.
A partir dessa perspectiva, o grupo decidiu que o protagonista de O País que perdeu as cores seria o próprio povo. Representado pela trupe de artistas, ele (o povo) precisa decidir qual final deseja dar para sua própria história. “O público é convidado a imaginar junto um possível final. Mas, antes, precisa estabelecer um compromisso com a memória”, completa o ator. Na história, a trupe de artistas viaja por diferentes lugares e convida o público a imaginar diferentes possibilidades de futuro para este povo ao lado dos personagens: o Pintor, a Padeira, o Florista, o Cachorro, o Catador de Sonhos, o Pescador, a Poeta, o Mensageiro, a Narradora e a Bruxa. Para a companhia, essa discussão sobre o desfecho da peça é fundamental para pensar alternativas de futuro diante de um contexto histórico de crises sociais e humanitárias. Antes de chegar aos palcos, em 2021, a peça O país que perdeu as cores foi transformada em audiopeça, lançada nas plataformas de streaming.
Acessibilidade Integrada
A ideia de uma imaginação coletiva para pensar o futuro de um povo e de um país foi fundamental para a construção do espetáculo. Nesse sentido, outro ponto importante para o grupo foi trazer a acessibilidade integrada à pesquisa estética central. O artista e a artista responsáveis pela interpretação de Libras estão em cena, como parte do espetáculo: ora são responsáveis pela cena, ora traduzem as falas e ações de outros atores e outras atrizes. “O intérprete e a intérprete de Libras são parte do elenco, não estão isolados. A proposta foi de capacitar também os atores para que se comunicassem diretamente com o público com deficiência auditiva. Além disso, o texto foi construído em parceria com uma dupla de consultores de acessibilidade para pessoas com deficiência visual, de forma que a peça possa ser experienciada por todos os públicos. Ou seja, a dramaturgia da peça é acessível em todas as apresentações.”, diz a atriz Beatriz Porto.
FICHA TÉCNICA:
Idealização e realização: Companhia Barco
Direção: Rodrigo Mercadante
Elenco: Beatriz Porto, danni vianna, Fernanda Carvalho, Flora Furlan, Krol Borges, Lucas Leite, Miriam Madi, Natália Foschini e Renato Mendes.
Elenco intérprete de libras: Thalita Passos e Ricieri Palha.
Direção Musical: André Leite
Músicos: André Leite, Diego Chilio, Guilherme Fiorentini, Lincoln Grosso, Thayná do Vale e Vinicios Borges,
Projeto sonoro: Guilherme Fiorentini
Figurinista: Samantha Macedo
Assistência de figurino: Amanda Pilla
Aderecista de figurino: Laura da Mata
Costureiras: Samantha Macedo e Amanda Pilla
Cenografia e adereços: Nathalia Campos
Assistência de cenografia: Luiza Saad
Cenotécnico: Zé da Hora
Direção de movimento: Gabriel Küster
Consultoria em acessibilidade visual: Fernanda Brahemcha e Lucas Borba
Consultoria em acessibilidade de Libras: Yanna Porcino
Direção de produção: Quica Produções | Thaís Venitt | Thais Cris
Assistente de produção: Beatriz Scarcelli
Fotógrafa: Giovana Pasquini
Dramaturgia elaborada a partir do texto “O País que perdeu as cores” escrito por Ana Paula Lopez em colaboração com a Companhia Barco e Cristiane Urbinatti.
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