O termo negacionismo foi cunhado pelo historiador francês, Henry Rousso, em 1987. O negacionismo histórico pode ser compreendido como um conjunto de falas, práticas e representações mobilizadas com o objetivo de legitimar certas leituras os nossos passados – sobretudo de suas violências, seus extermínios e dominação de grupos sociais. Serão abordados os princípios básicos do conhecimento histórico, assim como as narrativas revisionistas e negacionistas que o negam. A intenção é fornecer elementos básicos para reconhecer narrativas sobre o passado fundamentadas em debate e conhecimento objetivo e narrativas de cunho negacionista voltadas para a desinformação e a propaganda ideológica. Serão também pautas: os riscos do negacionismo para as democracias contemporâneas, em especial a ascensão de governos de extrema direita e a ameaça a direitos conquistados por grupos historicamente vulneráveis, a influência das redes sociais na construção de narrativas negacionistas, dentre outros. Com Marcos Napolitano.

Marcos Napolitano
Doutor (1999) e mestre (1994) em História Social pela Universidade de São Paulo, onde também graduou-se em História (1985). Foi professor no Departamento de História da Universidade Federal do Paraná (Curitiba), entre 1994 e 2004, e professor visitante no Instituto de Altos Estudos da América Latina (IHEAL) da Universidade de Paris III (2009) e na Universidade de Santiago do Chile (2018 e 2020). Atualmente, é professor titular de História do Brasil Independente e orientador no Programa de História Social da USP. Especialista no período do Brasil Republicano, com ênfase no regime militar, e na área de história da cultura, com foco no estudo das relações entre história e audiovisual.