A Cia. Nós No Bambu apresenta o primeiro espetáculo solo de Poema Mühlenberg: O Vazio É Cheio de Coisa.

Um corpo e um bambu se bastam. A companhia, conhecida por sua estética e poética singulares, apresenta a dança acrobática em instrumentos artesanais de bambu, trazendo aos palcos o primeiro espetáculo solo de sua cofundadora, a multiartista Poema Mühlenberg.

O Vazio É Cheio de Coisa é uma síntese afetiva e visceral da relação desenvolvida por Poema ao longo de seus 15 anos de aprendizagens, pesquisas e criações em arte corpo bambu. Por arte corpo bambu pode-se entender a expressão artística inspirada e enraizada na relação entre corpo e formas de bambu, gerando movimentos acrobáticos e dançados. As formas de bambu são simultaneamente instrumentos acrobáticos, cenografia, formas animadas, estímulos motores e pretexto para a composição dramatúrgica. Ao longo destes 15 anos de práticas, Poema nutriu-se de diversas fontes para compor uma expressividade original, autêntica e híbrida em sua relação artística com bambus. Sua poética reúne estudos em acrobacia solo e aérea, dança contemporânea em variadas vertentes, comicidade física, capoeira, dança de salão, teatro do objeto, antropologia teatral e bambuzeria – a construção artesanal com bambus. Graduada em Desenho Industrial/ Design de Produto, Poema conecta em O Vazio É Cheio de Coisa seu lado designer com seu lado artista da cena.

Edson Beserra, experiente bailarino e coreógrafo, assina a direção do espetáculo. Ele propõe à artista o desafio de se soltar e dialogar diretamente com a gravidade, transformando o uso do objeto cênico em um encontro de corpos, um duo entre o feminino essencial da performer e o masculino essencial do bambu, onde o risco se aproxima do prazer, e momentos de lirismo cruzam-se com momentos de diversão. Após 27 anos no teatro e na dança, Edson encontrou-se nesta criação com a dança aérea e as artes circenses.

O Vazio É Cheio de Coisa é uma homenagem ao bambu, vegetal que conduziu a carreira de Poema às artes cênicas. O bambu é oco por dentro, e, portanto, uma das interpretações possíveis para o título do espetáculo é que o bambu, embora vazio por dentro, é capaz de inspirações, usos e aplicações inumeráveis. Porém, exige o conhecimento de suas especificidades para que as ações com ele sejam bem-sucedidas. Para Poema, O Vazio É Cheio de Coisa é uma afirmação de que o vácuo primordial é a fonte de toda criação.

FICHA TÉCNICA

Concepção: Poema Mühlenberg
Intérprete criadora: Poema Mühlenberg
Direção: Edson Beserra
Coreografia: Edson Beserra e Poema Mühlenberg
Colaboração Coreográfica Ana Flávia Almeida
Cenografia e Bambuzeria: Poema Mühlenberg
Confecção de Corda Artesanal: Daniel Lacourt
Trilha sonora/ Direção musical: Samuel Mota Gravado e Masterizado em Zarabatana Records por Samuel Mota
Vozes: Camila Becker
Instrumentação: Samuel Mota
Direção Técnica e Concepção de Luz: Emmanuel Queiroz – Trupe do Cerrado
Figurino: Poema Mühlenberg
Costureira: Ester Ponte
Preparação Corporal: Pratique Movimento – Rodrigo Salulima, Fábio Henrique Mesquita e Vinícius Gesteira
Produção: Felipe Junqueira