Data e horário
De 29/04 a 30/07
Terça a sexta, das 10h às 21h. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Atenção! No sábado, dia 27 de maio, a exposição irá abrir das 10h às 23h30, como parte da programação do Sesc na Virada Cultural.
“(…) A Mulher Esqueleto. Ela é também chamada de A Morte e, nesse sentido, ela é a natureza da vida-morte-vida num dos seus muitos disfarces. Nessa sua apresentação, A Morte não é um mal. mas uma divindade.” – Mulheres que correm com os lobos – mulher esqueleto (p.99)
O Livro de Clarissa Pinkola apresenta A Mulher Esqueleto, em um capítulo de mesmo nome, como uma figura amaldiçoada que depois de longos anos deixadas à própria sorte é pescada e acolhida por um pescador e nesse processo ela deixa se ser só um punhado de ossos e se torna mulher. Nesse recorte, a mulher esqueleto é apresentada como uma figura de morte e no contexto do livro o amor/ relação só é possível quando a morte é parte do pacto. No entanto, Lídia Lisbôa se aproxima da Mulher Esqueleto muito mais pela possibilidade de recompor-se a si mesma do que necessariamente para pensar numa relação amorosa.
Então para Lídia Lisbôa não é a espera por um pescador, mas sim o processo de recolhimento o que reestrutura o nosso self. Com Casulos, Úteros, Ovários, Tetas que deram de mamar ao mundo e cordões umbilicais. Lisbôa constrói um repertório de acolhimento primário e recolhimento contemplativo como ferramenta de cura.
A “vida – morte – vida” de Clarissa Pinkola quando encontra o olhar, a vida e as mãos de Lídia Lisbôa se torna vida – arte-vida.
E nessa exposição, composta de trabalhos de vários períodos, incluindo inéditos, ela apresenta sua leitura da Mulher Esqueleto para convidar o público do Sesc Pompeia a esse recolhimento reestruturante de carnes para que lembremos de não deixarmos morrer.
Lidia Lisbôa é artista plástica e de performance, natural de Guaíra, Paraná. Vive e trabalha em São Paulo. Sua prática artística tem como eixo fundante a autobiografia e os atravessamentos cotidianos que são articulados atualmente principalmente por meio do desenho, escultura, crochê e performance. Dentre suas principais exposições individuais, destacam-se: Acordelados, Galeria Millan, São Paulo, SP-Brazil (2022); Memórias do Afeto, Centro Cultural Santo Amaro, São Paulo, SP – Brazil (2021); Integrou mostras coletivas tais como 37º Panorama da Arte Brasileira – Sob as cinzas, brasa, MAM, São Paulo, SP- Brazil (2022), Defeito de cor, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (2022), Carolina Maria de Jesus: um Brasil para os brasileiros, Instituto Moreira Salles, São Paulo, SP- Brazil (2021); Esperança, Museu de Arte Sacra, São Paulo, SP, – Brazil (2021); Substância da terra: o sertão, Slag Gallery, New York, USA; e Museu Nacional da República, Brasília, DF, Brazil (2021); 12 Bienal do Mercosul – Femininos: visualidades, ações e afetos, Porto Alegre, RS – Brazil (2020), entre outras.
Utilizamos cookies essenciais, de acordo com a nossa Política de Privacidade, para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.