Foto: Ravaneli Mesquita
Foto: Ravaneli Mesquita

Pelos Olhos do Mar

Bate-papo entre musicistas e produtor apresenta processo de produção de disco

Centro de Pesquisa e Formação

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atividade presencial

Grátis

Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

Inscrições a partir das 14h do dia 28/10, até o dia 26/11. Enquanto houver vagas.

Data e horário

De 26/11 a 26/11

26/11 • • 19h30
Foto: Ravaneli Mesquita
Foto: Ravaneli Mesquita

O mar que embala a ciranda de Itamaracá e encontra os batuques da cidade no novo álbum “Pelos Olhos do Mar”, primeiro registro em estúdio do encontro entre Lia de Itamaracá e Daúde. O trabalho, lançado pelo Selo Sesc, costura cirandas, boleros e canções inéditas em um repertório que conecta ancestralidade e contemporaneidade, trazendo composições de Emicida, Otto, Karina Buhr, Céu e Russo Passapusso. Gravado sob direção artística de Marcus Preto e produção musical de Pupillo Oliveira, o disco nasce da parceria iniciada nos palcos em 2018 e se firma como um bordado afetivo entre a tradição popular e as linguagens urbanas. Entre duetos marcantes e momentos solo, Lia revisita clássicos como o bolero “Quem é”, enquanto Daúde ressignifica “Galeria do Amor”, de Agnaldo Timóteo, transformando a faixa em símbolo de liberdade e diversidade. Mais que um encontro artístico, o álbum celebra a escuta, a partilha e a potência da música negra brasileira, onde vozes distintas se entrelaçam sem hierarquias, em celebração coletiva. “É como se o vento do mar soprasse também no palco”, resume Lia. Para Daúde, a parceria é um gesto de força e conexão: “Não existe a cantora urbana e a cantora da cultura popular. Existe emoção, escuta e criação.” Na audição do álbum Pelos Olhos do Mar, o público é convidado a atravessar margens, sentir os ciclos e dançar nessa ciranda de afetos que une duas mulheres, duas vozes e muitas histórias.


Com Lia de Itamaracá, rainha da ciranda, compositora e cantora pernambucana. Considerada a mais célebre cirandeira do Brasil. Gravou seu primeiro disco, “A Rainha da Ciranda”, em 1977. Seu relançamento artístico se consolidou nos anos 1990, especialmente após sua apresentação no festival Abril Pro Rock, em 1998, quando ganhou visibilidade nacional. Ao longo de sua carreira, Lia construiu repertório que valoriza a tradição oral da ciranda unida a temas contemporâneos. Ela recebeu honrarias como o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, além de doutorado honoris causa pela UFPE e a Ordem do Mérito Cultural. Em 2019 lançou o álbum “Ciranda Sem Fim”, elogiado pela crítica internacional, e participou do filme Bacurau. Em 2025 lança pelo selo SESC o seu mais novo álbum, ao lado de sua parceira de palcos e trajetória, Daúde.

Com Daúde, cantora, compositora e artista brasileira. Nascida em Salvador e radicada no Rio de Janeiro. É formada em Letras e pós-graduada em História Africana. Após o álbum “Código Daúde” ganhou projeção nacional com seu primeiro álbum, “Daúde” (1995), premiado pela crítica e reconhecido com os prêmios Sharp de Música e APCA. Ao longo de sua trajetória, lançou álbuns marcantes como “Daúde #2 “,”Simbora ” e “Neguinha, Te Amo”, consolidando-se como a primeira brasileira contratada pelo selo Real World, de Peter Gabriel, e tornando-se referência na fusão entre tradição afro-brasileira, MPB e música eletrônica. Com 35 anos de carreira, Daúde acumula quatro discos, remixes e singles que circularam em rádios e festivais de prestígio no Brasil e no exterior. Sua obra transita do samba ao rap, do jongo à MPB, sempre guiada por modernidade e espontaneidade. Após o álbum “Código Daúde” (2015), a artista prepara o lançamento de “Pelos Olhos do Mar”, em parceria com Lia de Itamaracá, previsto para novembro de 2025.

Com Marcus Preto, jornalista, produtor musical, curador e diretor de arte. Iniciou sua carreira jornalística em 2001 na revista MTV e, posteriormente, atuou como crítico musical em veículos como Rolling Stone e Folha de S.Paulo. Como produtor e diretor artístico, trabalhou com nomes como Gal Costa, Erasmo Carlos, Jota Pê, Silva, Alaíde Costa, entre outros. Ele foi premiado com o Troféu APCA pela direção artística de Estratosférica (Gal Costa). Além disso, atua em curadorias de festivais e projetos culturais, produção de mostras visuais e direção musical para cinema. Sua abordagem integra estética, identidade e inovação, contribuindo para novas narrativas na música brasileira atual.

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