A técnica de perna de pau empregada nas oficinas tem referência no trabalho ancestral dos Dogons, grupo étnico nativo do Mali, na África Ocidental, e que até hoje desenvolvem trabalhos ritualísticos usando pernas de pau. Outra referência brasileira é Mafalda Pequenino, pernalta do Orun do Bloco Afro Ilú Obá de Min que abre o Carnaval de rua da cidade de São Paulo.
A oficina está pautada nos princípios da perna de pau, que busca entendimento das relações entre o equilíbrio dinâmico, a lida com o desequilíbrio, as linhas de extensão e compreensão, bem como, as forças de oposição e composição que nos “encruzam” enquanto artistas pernaltas. A oficina desenvolve também técnicas atreladas ao estudo do corpo que dança, aliadas aos repertórios das danças afro-brasileiras, dos blocos afros e das danças populares.
Durante os encontros, as pessoas participantes têm espaço livre para experimentarem os equipamentos e criarem a sua própria metodologia de treino, exercitando a autonomia de criação e autoavaliação. No âmbito coletivo, a ideia é criar um espaço de pertencimento e proximidade entre os participantes.
A metodologia das aulas baseia-se na premissa de que todo corpo dança e que o sujeito educando é autônomo e responsável pelo seu processo de aprendizagem, de acordo com a pedagogia da autonomia de Paulo Freire. A partir de técnicas e referências da perna de pau e de outras modalidades do circo e artes e do perfil da turma, é traçado um plano para condicionamento e fortalecimento, estudos do corpo e construção de processos criativos. Durante o processo, convidamos artistas educadores que são referências para nós para compartilhar seus trabalhos.
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