Foto: Divulgação
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Pesquisa em Foco: Racializando as Relações Internacionais

Uma proposta epistemológica a partir do quilombo

Centro de Pesquisa e Formação

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atividade presencial

Grátis

Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

Inscrições a partir das 14h do dia 28/10, até o dia 28/11. Enquanto houver vagas.

Data e horário

De 28/11 a 28/11

28/11 • Sexta • 19h00
Foto: Divulgação
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Neste encontro, Ananda Vilela apresenta sua pesquisa que discute como as Relações Internacionais (RI), enquanto disciplina acadêmica e campo de poder, foram constituídas a partir de estruturas racializadas que se manifestam por meio do racismo, da colonialidade e da branquitude. Parte-se do entendimento do racismo como fenômeno estrutural, que organiza desigualdades e violências, e da colonialidade enquanto matriz de controle do poder, do saber e do ser. Nesse sentido, evidencia-se como a produção de conhecimento em RI está vinculada a uma geopolítica marcada pela hegemonia euro-estadunidense, que define quais corpos, epistemologias e narrativas são legitimadas.

O debate aborda o “pacto narcísico da branquitude” como princípio ordenador do campo, apontando que mesmo teorias consideradas críticas reproduzem epistemicídios ao silenciar intelectuais negros e indígenas. Propõe-se, então, recuperar contribuições invisibilizadas de pensadores e pensadoras como Lélia Gonzalez, com o conceito de amefricanidade, e Abdias do Nascimento, com o quilombismo, que oferecem alternativas epistemológicas e políticas para repensar as RI a partir do pensamento afrodiaspórico e de epistemologias do Sul.

Ao final, defende-se que incorporar essas perspectivas não significa apenas ampliar o leque teórico-metodológico das RI, mas transformar os fundamentos da disciplina, deslocando seu eixo eurocêntrico e abrindo caminhos para a compreensão do internacional como espaço atravessado por resistências, memórias e práticas decoloniais.


Com Ananda Vilela, mulher negra, Doutora em Relações Internacionais pela PUC-Rio e Especialista em Tecnologias Sociais na ONG Gerando Falcões. Atua nos programas Decolagem e Favela 3D, com foco em famílias em vulnerabilidade. Pesquisadora em raça, gênero e justiça social, defendeu em 2024 a tese “Racializando as Relações Internacionais”.

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