A oficina irá partir das narrativas originais sobre o milho e apresentar como ele se insere na cultura alimentar dos territórios de floresta Amazônica e da Mata Atlântica, trazendo receitas tradicionais das ruralidades das duas regiões, cabocla e caipira. A proposta é proporcionar um encontro onde a experiência gastronômica vá além do prato, estimulando o prazer do paladar e reflexões sobre o que comemos, nossas histórias, memórias, afetos e impactos que geramos com nossos hábitos e culturas alimentares. Além do aprender receitas sem produtos de origem animal e técnicas de preparo, os participantes irão degustar uma receita de cuscuz à paraense, que leva tucupi e folhas de jambu em seu preparo.

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Úrsula Ferro é nascida em Belém do Pará, na Amazônia ocidental, e mora em São Paulo desde 2016. É jornalista, culinarista, gestora de projetos, educadora e pesquisadora das culturas alimentares nativas. Autonomia e descolonização são temas centrais no caldeirão dos temas que temperam os debates que propõe e realiza. Produz pontes entre comunidades indígenas e outros territórios, sobretudo, os urbanos. Trabalha e estuda desde 2018 com os povos Yawanawa e Huni Kuin, do Acre, tendo elaborado e realizado diversos projetos e eventos em conjunto.

Patricia Lio é paraense, de Belém, e atua como educadora, chef e consultora de cardápio vegetal. Publicitária de formação, especializada em História e Cultura da Gastronomia, é cozinheira desde quando já podia mexer nas panelas. Expressa seu trabalho em defesa dos direitos dos animais e do meio ambiente, em meio às suas raízes amazônicas. Propõe reflexões na cozinha, sobre os impactos alimentares na saúde como um todo, incluindo a natureza, da qual não estamos separados. Há sete anos a alimentação entrou em sua vida como um propósito consciente de trabalho, saúde, afeto, e trocas sustentáveis.

— Atividade com intérprete em libras