Tecnomacumba é o show mais longevo da música brasileira, que em 2022 completa 19 anos em cartaz. A longevidade desse bem-sucedido projeto pode ser explicada a partir da junção de alguns fatores cruciais. O primeiro deles é a perseverança. Da artista, dos músicos e da equipe por ele responsável. Perseverança que ganhou da crítica a acolhida necessária para seguir adiante. E que encontrou no contato com o público a guarida para ir além. Muitos são os espectadores que já perderam a conta das vezes que assistiram ao show. E entre os fãs do projeto estão grandes colegas de cena e de ofício. Gente como Maria Bethânia (que participou do CD/DVD ao vivo), Alcione, Ney Matogrosso, Leci Brandão, Sandra de Sá, Daniela Mercury, Margareth Menezes e companheiros de geração como Teresa Cristina, Mart’nália, Marcos Suzano, Davi Moraes, Chico César, Zeca Baleiro, entre outros. 

No repertório, pontos e rezas ligados às religiões de matrizes africanas mesclados a temas da MPB. Tudo isso apresentado com arranjos modernos, em que entidades-símbolos da nossa fé são louvados e evocados.  Com Tecnomacumba, Rita provou que o elo que une nossa música à eletrônica tem como alicerce o bater dos tambores, cujos ecos reverberam para além dos terreiros, passando pelas patuscadas e rodas de samba que animam os fundos de quintal e os rincões do Brasil.