atividade online
Grátis
Local: Plataforma Zoom
Inscrições online a partir de 4/4
Partindo da constatação de que a nossa origem colonial-escravocrata brasileira constitui todas as dimensões da sociedade brasileira, propomos oficinas virtuais interessados em atuar nos efeitos do sofrimento psíquico marcados pelo trauma do racismo.
O eixo central da proposta é a reorientação ética que visa encontrar o comum dentre o singular de cada pessoa participante. Assim, a criação de redes e de alianças é potencializada por meio do resgate dos saberes originários e tecnologias ancestrais.
A escuta do racismo estruturante é o mote da proposta, que se dá pela experiência de racialização singular somada à práxis coletiva e ao letramento racial radical. Aqui entende-se saúde para além da delimitação biológica mas como acesso à vida, como afirmação de existência perante si mesmo e as coletividades.
Escutar o racismo estruturante e criar um espaço que vise possibilitar um contato inicial com a racialização de cada participante são os objetivos centrais da proposta, somados a propiciar uma escuta visando a elaboração coletiva das vivências apresentadas. Entendemos que a racialização individual somada à elaboração em conjunto é promotora de saúde coletiva, vez que possibilita a recuperação de memórias coletivas e o fortalecimento de laços de cuidado
e solidariedade.
Convidades em cada encontro:
11/04 – Marcio Farias, psicólogo: Quilombagem como gramática social de vida
12/04 – Maria Ribeiro, cientista social: Universidade pública: ocupação negro-brasileira
13/04 – Ana Paula Souza, professora de educação física: Terreiros de Candomblé como espaços educativos, de trocas vitais para saúde e liberdade do povo negro
14/04 – Hulluca da Silva Costa, capoeirista: A capoeira angola como lugar de Aquilombamento
Kwame Yonatan Poli dos Santos. Psicanalista, psicólogo clínico, supervisor institucional, graduado na Unesp-Assis (2010). Fez mestrado em Psicologia e Sociedade (Unesp-Assis), na linha de Subjetividade e Saúde coletiva (2014), com bolsas Capes/CNPQ e Fapesp. Doutor do Programa de Psicologia Clínica da PUC-SP, no Núcleo de subjetividade e bolsista CAPES. Possui dois livros publicados de poesia “Transversos” (2014) e “Nasce um desejo“(2017); e outro oriundo da sua pesquisa de mestrado “Feliz para sempre?”(2015). Ganhou o prêmio “Jonathas Salatiel”, promovido pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo por seu artigo na área de Psicologia e relações raciais. Membro do coletivo de psicólogxs e psicanalistas “Margens Clínicas“.
Laura Lanari. Psicanalista, advogada formada pela PUC-SP, inscrita na OAB-SP, mediadora de conflitos pelo NUPEMEC, integrante da Rede Clínica do Laboratório Jacques Lacan (IP-USP), pesquisadora do Núcleo Interfaces Programa Interdisciplinar entre Psicanálise e Direito do Psilacs (UFMG) e membro do coletivo Margens Clínicas desde 2016.
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O coletivo Margens Clínicas, formado por psicanalistas e psicólogues, vem atuando desde 2012 com atendimentos individuais e coletivos, formações teóricas e práticas, supervisão clínica, acompanhamento de profissionais das redes SUS e SUAS e articulação territorial. Trabalhamos para que seja possível a construção de ações que apontem para políticas públicas implicadas com a restituição subjetiva dos sujeitos afetados pela violência, transformando capacidades criativas, formas de engajamento, articulação e produção de cultura no território, assim como a recuperação do protagonismo, no sentido de estruturar a capacidade resiliente de construir um território justo, igualitário e sem violência.
MÁRCIO FARIAS é psicólogo, dourando em Psicologia Social na PUC-SP. Pesquisador do Nutas (Núcleo de Estudos sobre Trabalho e Ação Social). Membro do Instituto Amma Psique e Negritude. Autor do livro “Clóvis Moura e o Brasil” pela Dandara editora.
MARIA RIBEIRO é cientista social (PUC-SP), mestra (PUC-SP) e doutora (PUC-SP/Université Paris-Diderot) em Comunicação e Semiótica. É professora no Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (PPGHDL/FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) e na Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (COGEAE) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Redatora-geral do Simpósio Internacional de Assistência ao Parto (SIAPARTO), integrante do Coletivo Margens Clínicas, da Rede para Escutas Marginais (REM), do grupo executivo da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas (RBMC) e do conselho do Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas/FFLCH-USP). Seu relatório de estágio pós-doutoral (FFLCH-USP), intitulado “Ginecológicas: o nascimento negro para além da tragédia“, foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), na categoria ensaio de não-ficção e será publicado em 2023. Seu poema “Oração” esteve entre os finalistas mundiais do Human Rights Defenders Poetry Challenge, organizado pelo ProtectDefenders.eu. Está entre as coordenadoras da Rede para Escutas Marginais (REM/Margens Clínicas). São áreas de interesse são epistemologia; a literatura; a produção de sentido e produção partilhada do conhecimento, com especial ênfase nas questões de interesse da população negro-brasileira e dos grupos dissidentes de gênero.
ANA PAULA DOS SANTOS SOUZA nasceu na Ladeira do Milagre em frente a Igreja de Santa Bárbara. Filha de Donato Alves de Souza (Natinho) e Lúcia Dalva dos Santos, cursou o ensino Médio no Colégio Estadual Rômulo Galvão. Possui Graduação em Licenciatura em Educação Física e Pós Graduação em Pesquisa e Metodologia do Ensino da Educação Física, Esporte e Lazer LEPEL/UFBA. Trabalhou no serviço Público Municipal de 2007 até 2018 em São Félix atuando inicialmente como monitora no movimento Agita São Félix coordenado pelo Professor Juracy Rocha e posteriormente como professora no Projeto Vida Saudável e no NASF. Atualmente professora no Curso de Educação Física da UNEB Campus XII. Foi presidente da Associação Comunitária de Moradores do Milagre e Alto da Rodagem, é membro da Diretoria da Associação Cultural Filhos de Nagô. É Yaô do llê Axé Odé Nilê e ativista pelas causas dos povos tradicionais e das mulheres.
HULLUCA DA SILVA COSTA é capoeirista membro da Escola de Capoeira Angola “Angoleiros do Sertão“. Filho, aluno e discípulo do Mestre Claudio, fundador da Escola em meados dos anos 80 na busca do entendimento e da prática da capoeira angola do interior do sertão baiano. Nascido em Feira de Santana-BA, inaugurou seu espaço cultural em 2018 com aulas de capoeira angola e samba de roda rural pela Escola de Capoeira Angola dos Angoleiros do Sertão. Recebeu o titulo de Treinel de Capoeira Angola em 2020, é promoter de rodas de conversa e debates sociais com lideranças do movimento afro-brasileiro e da cultura popular, entre outros, também responsável pelos treinos e movimentação da Escola no (CUCA) Centro Universitário de Cultura e Artes na ausência do Mestre Claudio. Foi integrante do projeto cultura nas escolas dando aula de capoeira angola para crianças na escola CRAS localizada no bairro da Mangabeira e Aviário em Feira de Santana-BA.
Inscrições antecipadas a partir das 14h do dia 4/4 no aplicativo Credencial Sesc ou no site centralrelacionamento.sescsp.org.br.
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