Foto: Luciana Arbeli
Foto: Luciana Arbeli

Rodas virtuais de aquilombamento

Com Kwame Yonatan e Laura Lanari

Inspira

Consolação

A16

atividade online

Grátis

Local: Plataforma Zoom

Inscrições online a partir de 4/4

Data e horário

De 11/04 a 14/04

Terça a Sexta

19h às 21h

Foto: Luciana Arbeli
Foto: Luciana Arbeli

Partindo da constatação de que a nossa origem colonial-escravocrata brasileira constitui todas as dimensões da sociedade brasileira, propomos oficinas virtuais interessados em atuar nos efeitos do sofrimento psíquico marcados pelo trauma do racismo.

O eixo central da proposta é a reorientação ética que visa encontrar o comum dentre o singular de cada pessoa participante. Assim, a criação de redes e de alianças é potencializada por meio do resgate dos saberes originários e tecnologias ancestrais.

A escuta do racismo estruturante é o mote da proposta, que se pela experiência de racialização singular somada à práxis coletiva e ao letramento racial radical. Aqui entende-se saúde para além da delimitação biológica mas como acesso à vida, como afirmação de existência perante si mesmo e as coletividades.

Escutar o racismo estruturante e criar um espaço que vise possibilitar um contato inicial com a racialização de cada participante são os objetivos centrais da proposta, somados a propiciar uma escuta visando a elaboração coletiva das vivências apresentadas. Entendemos que a racialização individual somada à elaboração em conjunto é promotora de saúde coletiva, vez que possibilita a recuperação de memórias coletivas e o fortalecimento de laços de cuidado 
e solidariedade.

Convidades em cada encontro:
11/04 – Marcio Farias, psicólogo: Quilombagem como gramática social de vida
12/04 – Maria Ribeiro, cientista social: Universidade pública: ocupação negro-brasileira
13/04 – Ana Paula Souza, professora de educação física: Terreiros de Candomblé como espaços educativos, de trocas vitais para saúde e liberdade do povo negro
14/04 – Hulluca da Silva Costa, capoeirista: A capoeira angola como lugar de Aquilombamento

 

Kwame Yonatan Poli dos Santos. Psicanalista, psicólogo clínico, supervisor institucional, graduado na Unesp-Assis (2010). Fez mestrado em Psicologia e Sociedade (Unesp-Assis), na linha de Subjetividade e Saúde coletiva (2014), com bolsas Capes/CNPQ e Fapesp. Doutor do Programa de Psicologia Clínica da PUC-SP, no Núcleo de subjetividade e bolsista CAPES. Possui dois livros publicados de poesiaTransversos” (2014) e “Nasce um desejo“(2017); e outro oriundo da sua pesquisa de mestrado “Feliz para sempre?”(2015). Ganhou o prêmio “Jonathas Salatiel”, promovido pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo por seu artigo na área de Psicologia e relações raciais. Membro do coletivo de psicólogxs e psicanalistasMargens Clínicas“.
 
Laura Lanari. Psicanalista, advogada formada pela PUC-SP, inscrita na OAB-SP, mediadora de conflitos pelo NUPEMEC, integrante da Rede Clínica do Laboratório Jacques Lacan (IP-USP), pesquisadora do Núcleo Interfaces Programa Interdisciplinar entre Psicanálise e Direito do Psilacs (UFMG) e membro do coletivo Margens Clínicas desde 2016.

 

O coletivo Margens Clínicas, formado por psicanalistas e psicólogues, vem atuando desde 2012 com atendimentos individuais e coletivos, formações teóricas e práticas, supervisão clínica, acompanhamento de profissionais das redes SUS e SUAS e articulação territorial. Trabalhamos para que seja possível a construção de ações que apontem para políticas públicas implicadas com a restituição subjetiva dos sujeitos afetados pela violência, transformando capacidades criativas, formas de engajamento, articulação e produção de cultura no território, assim como a recuperação do protagonismo, no sentido de estruturar a capacidade resiliente de construir um território justo, igualitário e sem violência.

MÁRCIO FARIAS é psicólogo, dourando em Psicologia Social na PUC-SP. Pesquisador do Nutas (Núcleo de Estudos sobre Trabalho e Ação Social). Membro do Instituto Amma Psique e Negritude. Autor do livro “Clóvis Moura e o Brasil” pela Dandara editora.
 
MARIA RIBEIRO é cientista social (PUC-SP), mestra (PUC-SP) e doutora (PUC-SP/Université Paris-Diderot) em Comunicação e Semiótica. É professora no Programa de Pós-Graduação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (PPGHDL/FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) e na Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão (COGEAE) da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Redatora-geral do Simpósio Internacional de Assistência ao Parto (SIAPARTO), integrante do Coletivo Margens Clínicas, da Rede para Escutas Marginais (REM), do grupo executivo da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas (RBMC) e do conselho do Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas/FFLCH-USP). Seu relatório de estágio pós-doutoral (FFLCH-USP), intituladoGinecológicas: o nascimento negro para além da tragédia“, foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (ProAC), na categoria ensaio de não-ficção e será publicado em 2023. Seu poemaOraçãoesteve entre os finalistas mundiais do Human Rights Defenders Poetry Challenge, organizado pelo ProtectDefenders.eu. Está entre as coordenadoras da Rede para Escutas Marginais (REM/Margens Clínicas). São áreas de interesse são epistemologia; a literatura; a produção de sentido e produção partilhada do conhecimento, com especial ênfase nas questões de interesse da população negro-brasileira e dos grupos dissidentes de gênero.
 
ANA PAULA DOS SANTOS SOUZA nasceu na Ladeira do Milagre em frente a Igreja de Santa Bárbara. Filha de Donato Alves de Souza (Natinho) e Lúcia Dalva dos Santos, cursou o ensino Médio no Colégio Estadual Rômulo Galvão. Possui Graduação em Licenciatura em Educação Física e Pós Graduação em Pesquisa e Metodologia do Ensino da Educação Física, Esporte e Lazer LEPEL/UFBA. Trabalhou no serviço Público Municipal de 2007 até 2018 em São Félix atuando inicialmente como monitora no movimento Agita São Félix coordenado pelo Professor Juracy Rocha e posteriormente como professora no Projeto Vida Saudável e no NASF. Atualmente professora no Curso de Educação Física da UNEB Campus XII. Foi presidente da Associação Comunitária de Moradores do Milagre e Alto da Rodagem, é membro da Diretoria da Associação Cultural Filhos de Nagô. É Yaô do llê Axé Odé Nilê e ativista pelas causas dos povos tradicionais e das mulheres.

HULLUCA DA SILVA COSTA é capoeirista membro da Escola de Capoeira Angola “Angoleiros do Sertão“. Filho, aluno e discípulo do Mestre Claudio, fundador da Escola em meados dos anos 80 na busca do entendimento e da prática da capoeira angola do interior do sertão baiano. Nascido em Feira de Santana-BA, inaugurou seu espaço cultural em 2018 com aulas de capoeira angola e samba de roda rural pela Escola de Capoeira Angola dos Angoleiros do Sertão. Recebeu o titulo de Treinel de Capoeira Angola em 2020, é promoter de rodas de conversa e debates sociais com lideranças do movimento afro-brasileiro e da cultura popular, entre outros, também responsável pelos treinos e movimentação da Escola no (CUCA) Centro Universitário de Cultura e Artes na ausência do Mestre Claudio. Foi integrante do projeto cultura nas escolas dando aula de capoeira angola para crianças na escola CRAS localizada no bairro da Mangabeira e Aviário em Feira de Santana-BA.

 

Inscrições antecipadas a partir das 14h do dia 4/4 no aplicativo Credencial Sesc ou no site centralrelacionamento.sescsp.org.br.

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