O corpo nunca é apenas um corpo. Ele é espaço de memórias, desejos, sentimentos e complexidades que vão além da forma visível. A partir do desconforto de ser socialmente definida como mulher, a marionetista Juliana Notari desenvolve um processo de investigação cênica e existencial para revelar as múltiplas entidades que a habitam, vozes internas que desejam coexistir, se manifestar e ganhar corpo.

Neste trabalho, Notari dá forma a essas presenças que, simbólica e poeticamente, podem engolir o mundo: terra, água, plantas, lágrimas, suspiros, pedras. Elas existem com intensidade, em permanente movimento e transformação. Uma força que não se cala, não se limita e não morre de fome ¿ porque vive dentro de si.

Ficha técnica:
Criação, concepção e manipulação das marionetes: Juliana Notari
Figurinos: Kelly Cristina Santos
Composição original: Ivan Chiarelli
Concepção de iluminação: Cris Souto