Foto Wigder Frota
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Tecnologias Narrativas das Escolas de Samba

Com Renato Menezes

Consolação

Duração: 120 minutos

A16

atividade presencial

R$ 6,00 Credencial Plena
R$ 10,00 Meia entrada
R$ 20,00 Inteira

Local: Sala Ômega - 8º andar

Inscrições a partir de 4/2 (Credencial Plena) e 5/2 (Público Geral) às 14h, até dia 12/2

Data e horário

De 12/02 a 21/02

Quarta a Sexta

das 19h às 21h

Foto Wigder Frota
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Uma investigação sobre a noção de enredo, suas origens, transformações e seu papel como vetor de narrativas históricas. Com foco nas Escolas de Samba do Rio de Janeiro, o curso aborda, em seis encontros temáticos, como o enredo impulsiona as expressões visuais e artísticas que dão forma ao desfile.

As Escolas de Samba representam uma das maiores invenções do Brasil moderno. Nesse espaço de sociabilidade negra, os enredos se consolidaram como um locus de identificação e engajamento da comunidade que dá vida à agremiação. É o enredo que orienta grande parte das escolhas e decisões de uma Escola de Samba, influenciando desde a composição do samba-enredo — gênero musical específico dessas instituições — até as fantasias, alegorias e adereços que transformam o tema em imagens durante o desfile. Além disso, o enredo pode impactar outros quesitos avaliados, como mestre-sala e porta-bandeira (em função do que representam), bateria (pela forma como os instrumentos dialogam com o tema) e harmonia (pela adesão da comunidade ao tema narrado).

O curso propõe discutir o conceito de enredo, suas origens, transformações e objetivos, com destaque para seu papel como vetor de narrativas históricas contra-hegemônicas. A partir de estudos de caso com exemplos das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, os seis encontros, estruturados em temas não cronológicos, incluem a análise de vídeos e fotografias de desfiles, sinopses de enredos e letras de samba-enredo, explorando sua interpretação musical.

Temas abordados

  • Enredo como tecnologia narrativa
  • Enredos Homenagens — biografias e representações
  • Enredos Afros — da música à imagem
  • Enredos Indígenas — entre valorização e apropriação
  • Enredos Críticos — democracia e negociação
  • Enredos CEP — da paisagem à crise dos enredos

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Renato Menezes é historiador da arte e curador. Graduado em História da Arte pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é mestre em História, com habilitação em História da Arte, pela Universidade de Campinas, e doutorando em História e Teoria da Arte pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Entre 2020 e 2021, foi Grad Intern no núcleo de arte latino-americana do Departamento Curatorial do Getty Research Institute, em Los Angeles.

Coeditor do livro “França Antártica: Ensaios Interdisciplinares” (Editora da Unicamp, 2020), desde 2022 é curador da Pinacoteca de São Paulo, onde realizou exposições como “Denilson Baniwa: Escola Panapaná” (2023), “Alex Cerveny: Mirabilia” (2023), “Jarbas Lopes: Eixos” (2023), “J. Cunha: Corpo Tropical” (2024) e “Entre a Cabeça e a Terra: Arte Têxtil Tradicional Africana” (2024).

Sua trajetória de pesquisa inclui a recepção da tradição clássica, arte brasileira e francesa do século XIX, história da colonização nas Américas e crítica de arte italiana do século XVI. Atualmente, dedica-se ao estudo da produção têxtil africana e afro-brasileira, das colaborações afro-indígenas e da arte popular brasileira.

 

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