Pexels - Bruno Massao
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Televisão e Cinema em Redemoinho: a produção criativa de Guel Arraes

Centro de Pesquisa e Formação

18

atividade presencial

R$ 18,00 Credencial Plena
R$ 30,00 Meia entrada
R$ 60,00 Inteira

Local: Televisão e Cinema em Redemoinho: a produção criativa de Guel Arraes

Inscrições a partir das 14h do dia 28/1, até o dia 18/2. Enquanto houver vagas.

Data e horário

De 18/02 a 19/03

Terça

19h às 21h30

Pexels - Bruno Massao
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De talentos múltiplos, Guel Arraes (Recife, 1953) é diretor, roteirista e produtor de televisão e cinema. Filho do político Miguel Arraes, cassado pela ditadura militar em 1969, passou boa parte da juventude na Argélia e França. Em 1972, iniciou curso de antropologia na Universidade de Paris VII sem finalizá-lo. E vai se incorporar à equipe de Jean Rouch, um dos criadores do “cinema verdade” e diretor do Comitê do Filme Etnográfico, durante o período 1973-79.

Ao retornar ao Brasil, inicia longa carreira na TV Globo e se destaca, à época, como diretor da inovadora série de TV – Armação Ilimitada (1985-88), caracterizada pelo uso da linguagem do videoclipe e metalinguagem pop. Seguem-se trabalhos de renovação do humor no meio (criação e direção), em formatos variados, a exemplo de TV Pirata (1988-92), coautoria Claudio Paiva; Doris para Maiores (1991) e A Comédia da Vida Privada (1995-97), criada com o roteirista e cineasta gaúcho Jorge Furtado, seu parceiro mais constante.

A minissérie O Auto da Compadecida (1999), baseada em peça teatral de Ariano Suassuna, é um marco do audiovisual brasileiro. A versão para cinema da série de TV foi eleita pela ABRACCINE como um dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Neste milênio, Guel Arraes tem se dedicado ao cinema de gosto popular como Caramuru – A Invenção do Brasil (2001), Lisbela e o Prisioneiro (2003) e O Bem Amado (2010). Nestes longas-metragens, o diretor mantém elos narrativos e estéticos com a TV.

Com Grande Sertão (2024), adaptação do romance magistral de Guimaraes Rosa, processo realizado em parceria com Jorge Furtado, Arraes cria uma obra cinematográfica refinada com atuações memoráveis, em especial, Caio Blat, ao representar o personagem e narrador Riobaldo.

O curso apresenta a trajetória de Guel Arraes na televisão e no cinema e aborda a sua produção criativa em quatro encontros.

Programa

18/2 – Breve perfil biográfico de Guel Arraes, formação e atividades profissionais no campo audiovisual. Os programas de TV Armação Ilimitada (1988-92) e TV Pirata (1991). A renovação da linguagem da televisão brasileira, anos 1980.

25/2 – Doris para Maiores (1991) e A Comédia da Vida Privada (1995-97). A transformação dos formatos da televisão brasileira, anos 1990. A hibridação de gêneros. A diversidade de matrizes narrativas e gostos de classe.

11/3 – Convergências midiáticas, televisão e cinema. A aproximação da linguagem do teatro com o audiovisual em O Auto da Compadecida (1999-2000). O movimento Armorial de Ariano Suassuna.

18/3 – O estilo de cinema de Guel Arraes e o projeto Globo Filmes. Análise dos longas-metragens Caramuru – A Invenção do Brasil (2001) e Lisbela e o Prisioneiro (2003) A parceria criativa da dupla Arraes e Furtado. A literatura brasileira de invenção no cinema: o filme Grande Sertão (2024).

Com Carlos Gonçalves (pós-doutor pela ECA-USP. Doutor em Ciências Sociais – Antropologia pela PUC-SP).

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