atividade presencial
Grátis
Local: Sala 3 Oficinas - 6º Andar
Retirada de senhas no primeiro dia da atividade com 30 minutos de antecedência no local.
Data e horário
De 03/12 a 10/12
Das 18h30 às 20h30.
Nos anos 1980 e 1990, a produção de colchas de retalho em homenagem a vítimas da epidemia de HIV/Aids foi uma prática que se difundiu por todo o mundo. O objetivo dessa prática era documentar histórias de vida e ajudar as pessoas a compreender os efeitos da epidemia. No Brasil, encontramos registros dessa prática de conscientização e de intervenção no espaço público no histórico de ações promovidas por organizações não governamentais e coletivos que atuaram no movimento de HIV/Aids.
Em 2021, o Acervo Bajubá lançou o projeto Memorial Incompleto da Epidemia de Aids que, por meio do recebimento de homenagens anônimas a pessoas que viviam com HIV e faleceram, retomou esta prática. Iniciado como um projeto virtual, disponível para consulta online, a colcha de retalhos do Bajubá foi ativada em 2022 e em 2023 durante a programação do Contato, nos Sescs Guarulhos e Consolação.
A proposta da oficina é partir de um processo de cartografia afetiva, que servirá de insumo para que as pessoas participantes desenvolvam seus próprios retalhos. Na produção deste retalho, a pessoa poderá retratar alguma vivência sua com HIV/Aids ou homenagear alguém que ela conheceu ou uma figura pública que vivia com o vírus e já faleceu. Como parte deste processo, as pessoas participantes aprenderão técnicas de costura e manuseio de máquinas de costura, e de transformação de resíduos têxteis para a construção dos retalhos.
Cronograma:
Dia 1 – Explicação da metodologia de criação da colcha de retalhos e sua relação com processos de elaboração de memórias da epidemia de HIV/Aids. Introdução à costura e manuseio de máquina de costura e aos processos de transmutação têxtil. Desenvolvimento da metodologia de cartografia afetiva para a criação dos retalhos para a construção da colcha.
Dia 2 – Triagem e escolha dos materiais para composição dos retalhos da colcha. Processos de costura. Início de montagem da colcha.
Dia 3 – Junção dos retalhos individuais. Finalização da colcha de retalhos. Ativação na Unidade.
Inscrições: Retirada de senhas no primeiro dia da atividade com 30 minutos de antecedência no local. A inscrição no primeiro dia, garante a participação nas demais datas.
Mediação:
Antonia Moreira é escritora, estrategista criativa e ativista brasileira. Atualmente é diretora executiva do Ateliê TRANSmoras. Em sua escrita, Antonia utiliza da História Oral como base da não-ficção, sempre com lentes de justiça social e direitos humanos. Sua pesquisa e trabalhos discutem a memória coletiva, relações de gênero e movimentos sociais de pessoas trans na América Latina. Em 2023, foi pesquisadora visitante no Human Rights Advocates Program da Columbia University em Nova York e finalista dos prêmios de Excelência LGBT+ América Latina da Out & Equal. É mestranda em Mudança Social e Participação Política na Universidade de São Paulo.
Alexandre da Silva dos Anjos é artista visual, pesquisador e curador. Graduado em Desenho de Moda e pós-Graduado em Criação pela Faculdade Santa Marcelina, trabalha com pintura e processos têxteis que incluem bordados e costuras, desenvolvendo figurinos para espetáculos, performances e escolas de samba. Sua pesquisa artística protagoniza o corpo preto e sua espiritualidade, relacionando resistência, carnaval e indumentária à preparação para a luta, para a festa e para o ritual. Atua como docente na São Paulo Escola de Dança e no Senac, além de ministrar oficinas de costura no Sesc. Atua como artista, educador e pesquisador no Acervo Bajubá.
Vicenta Perrotta é estilista, ativista e arte educadora. Atualmente, é Presidente e Fundadora do Ateliê TRANSmoras, ocupação popular e organização social fundada há 11 anos. Pioneira na tecnologia social da Transmutação Têxtil e criadora da Pedagogia do Lixo. Com seu trabalho, firma um compromisso de sustentabilidade e prosperidade para corpos racializados, trans e abjetos. Vicenta Perrotta atrai uma rede enorme de artistas com seus trabalhos criativos, oficinas e cursos, e tem amplo trânsito em instituições como Centro Cultural São Paulo, Art Rio, MASP, Instituto Tomie Ohtake, Senac e Casa de Criadores.
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