“Zonas Críticas” é uma performance de audiovisual expandido de Fernando Velázquez que apresenta 11 vinhetas inspiradas em um conceito elaborado por cientistas de diversas disciplinas, enfatizando a importância vital da fina camada do subsolo terrestre, essencial para a sustentação da vida, porém agora enfrentando sérios desequilíbrios que ameaçam o futuro da humanidade.

Tal perspectiva é acessada através de 11 vinhetas generativas que apresentam seres híbridos, pessoas inexistentes, esculturas greco-romanas, máscaras africanas, Vênus paleolíticas e vozes geradas por inteligência artificial que evocam uma variedade de formas, potências e escalas, desde os oceanos e terremotos até o micélio, e a atividade humana.

“Zonas Críticas” visa despertar a consciência de que o mundo digital coexiste com os vestígios de uma estrutura material invisível aos olhos nus: a própria materialidade da Terra. O computador é silício, ouro, prata, cobre, ferro, estanho, níquel, cobalto, sem esquecermos os restos de dinossauro.

Vinhetas
01_ devir asteróide
02_ devir oceano, after sandra cinto
03_ fantasmas de nosotros mismos, after franz xaver messerschmidt
04_ self na nuvem, after francis bacon
05_ multiverso
06_ cartografias da terra em transe
07_ tps – tempo por segundo
08_ o real e o vazio são a mesma coisa
09_ outras naturezas, after arcimboldo
10_ devir micélio
11_ o futuro é mineral, after asteróide

Fernando Velázquez (Montevidéu, Uruguai, 1970) é artista, curador e educador. Investiga as diversas formas pelas quais a tecnologia media a percepção no contexto da arte, ciência e tecnologia e as epistemologias ancestrais. Seu trabalho inclui instalações, site-specific, objetos, vídeos e performances audiovisuais. Possui mestrado em Moda, Arte e Cultura, pós-graduação em Vídeo e Tecnologias On e Off-line, e outra em Gestão Cultural Contemporânea. Participou de exposições como Mundo de Redes (Centro Pompidou, França, 2022), The Matter of Photography in the Americas (Cantor Arts Center, Stanford University, EUA, 2018) e a Bienal do Mercosul (Brasil, 2009). Recebeu, entre outros, o Fundo de Cultura (Uruguai, 2019), o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia (Brasil, 2009) e o Prêmio Vida Artificial (Espanha, 2008), e realizou residências no Ircam/Pompidou e em MC93. (Paris). Entre 2015 e 2018 foi curador e diretor artístico da Red Bull Station. Atualmente é professor da pós EAD, Arte Contemporânea e Audiovisual (FAAP/Uol).