Sesc São Paulo apresenta Mostra de Cinemas Africanos 2022

05/07/2022

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De volta ao formato presencial, festival apresenta filmes inéditos, convidados internacionais, cursos e outras atrações  

A edição presencial da Mostra de Cinemas Africanos 2022 será realizada em São Paulo (SP), de 6 a 13 de julho,  com sessões presenciais no CineSesc e exibições na plataforma Sesc Digital. O festival reúne cerca de 50 títulos de 20 países africanos, com destaque para a produção feminina e filmes inéditos no Brasil, além de atividades paralelas como debates, masterclasses e painéis com a presença de convidados do continente, que ocupam o Sesc Avenida Paulista e o Goethe-Institut São Paulo. A mostra traz ainda curtas online para todo o Brasil.

Entre os destaques deste ano estão o thriller sul-africano “Boa Senhora”, de Jenna Bass e Babalwa Baartman, título de abertura que será apresentado pelas realizadoras na sala do CineSesc. Comentário sobre as relações raciais na África do Sul pós-apartheid, teve sua estreia premiada no Festival de Toronto. “Caminhar Sobre a Água” marca a estreia na direção da franco-senegalesa Aïssa Maiga. Nome de destaque no cinema francês, Aïssa acumula uma extensa carreira como atriz, roteirista e ativista. No filme, a cineasta registra os efeitos das mudanças climáticas e da globalização em uma aldeia do Níger. Com o apoio da Embaixada da França no Brasil, a artista comparece ao festival para apresentar seu documentário inédito no país.  

Fazendo sua estreia mundial na Mostra de Cinemas Africanos, “Otiti”, da nigeriana Ema Edosio, segue a história de uma costureira que assume a responsabilidade de cuidar do pai doente que a abandonou quando criança. Com o apoio do Goethe-Institut, Ema também vem ao Brasil para apresentar uma masterclass sobre sua experiência como realizadora independente na Nigéria. Do Quênia, a comédia inédita “Contos da Cidade Acidental“, de Maimouna Jallow, mostra um eclético grupo que se reúne online para uma aula de controle de raiva.  

Cena do filme "Lingui", de Mahamat-Saleh Haroun.
Filme “Lingui”, de Mahamat-Saleh Haroun, está entre os destaques da programação. Foto: Divulgação

“Nós”, de Alice Diop, é um documentário que foca em seis mulheres que transitam em uma ferrovia que cruza Paris, incluindo a própria cineasta. Ambientado na periferia da capital do Chade, o drama “Lingui”, do prestigiado cineasta Mahamat-Saleh Haroun, acompanha a busca de uma mãe e sua filha de 15 anos condenadas pela religião e pela lei por buscarem uma clínica de aborto para a adolescente.   

Ao todo serão apresentados 28 longas, com curadoria de Ana Camila Esteves e Beatriz Leal Riesco, que serão exibidos no Cinesesc. Entre os títulos inéditos no Brasil estão “Geada de Netuno” (Ruanda/EUA, 2021), “Cabo de Guerra” (Tanzânia, África do Sul, 2021), “A Esposa do Coveiro” (Somália, 2021) e “Juju Stories” (Nigéria, 2021), exibido pela primeira vez em formato presencial.  

A programação de curtas-metragens, disponível também online no Sesc Digital, conta com duas sessões com curadoria de Kariny Martins e Bea Gerolin da Cartografia Filmes (Curitiba/PR). Outra sessão reúne 11 curtas da nova geração de cineastas de Angola, produzidos na pandemia, com curadoria da produtora angolana Geração 80.   

Confira mais informações sobre a programação no site do evento.

Sessões Especiais

Com o apoio da Embaixada da França no Brasil e do Goethe-Institut São Paulo, a Mostra esse ano traz nove convidados internacionais, entre cineastas, pesquisadores e curadores. Além das realizadoras Ema Edosio, Aïssa Maïga, Maimouna Jallow, Jenna Bass e Babalwa Baartman, o documentarista camaronês Jean-Marie Teno, um dos nomes mais importantes da história dos cinemas da África, estará presente para apresentar seu longa “Afrique, je te plumerai”, que em 2022 completa 30 anos. Teno também fará parte de uma conferência sobre a trajetória do documentário nos cinemas africanos na Cinusp, ao lado dos professores e pesquisadores Alexie Tcheuyap (Camarões) e Sada Niang (Senegal).  

A programação conta ainda com a exibição especial de três importantes filmes da história dos cinemas da África, dois deles em versões recentemente restauradas:  “Mandabi” (Senegal, 1968), segundo filme do cineasta Ousmane Sembene, e “Câmera da África” (Tunísia, 1983), de Ferid Boughedir.  

Serviço

Os ingressos para as sessões no CineSesc custam R$ 24,00 (inteira), R$ 12,00 (meia) e R$ 8,00 (credencial plena). Clique aqui para adquirir seu ingresso antecipadamente.

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