Dedicado à valorização e difusão das manifestações culturais de Okinawa, a primeira edição do evento Okinawa-Brasil reúne artistas, grupos e pesquisadores que preservam as tradições do arquipélago japonês entre os dias 16 a 24 de agosto.  

Com música, dança, oficinas e rodas de conversa, o evento propõe um diálogo entre a herança cultural okinawana e a história do bairro da Casa Verde, que desde os anos 1950 recebe imigrantes e descendentes da região. A programação gratuita celebra os 65 anos da Associação Okinawa da Casa Verde e antecipa as comemorações dos 130 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão, marcados em 2025. 

Okinawa é uma província localizada no sul do Japão, formada por mais de 100 ilhas entre o Oceano Pacífico e o Mar da China Oriental. Conhecida por suas praias e pela longevidade de seus habitantes, é uma das regiões com maior concentração de pessoas centenárias no mundo.  

Até 1879, foi um reino independente chamado Ryukyu, ponto estratégico no comércio entre o Japão, a China, a Península Coreana, países do Sudeste Asiático e diversas ilhas do Pacífico. Essa posição privilegiada contribuiu para o desenvolvimento de uma identidade cultural, marcada por expressões próprias na música, dança e idioma, como o uchinaaguchi, reconhecido pela UNESCO como língua indígena e atualmente ameaçada de extinção. 

No bairro da Casa Verde, ainda hoje, é possível ouvir o uchinaaguchi em eventos culturais, músicas e danças tradicionais. As manifestações de Okinawa, tanto as preservadas quanto as reinterpretadas, fazem parte das festividades e encontros nipo-brasileiros.  

Com o Okinawa-Brasil, o Sesc Casa Verde dá início a uma relação cultural que pretende fortalecer e expandir ao longo dos anos, em diálogo contínuo e respeitoso com a comunidade okinawana local. 

Programação:

• Mesa de abertura – Okinawa: Casa Verde, Brasil, Mundo 
  16/8, sábado, 15h – Arena 
  Com Kiyomi Kanashiro, Laís Miwa Higa e Victor Kinjo, o encontro aborda identidade, tradição e presença okinawana no Brasil e no mundo. 
    

• Ryukyu Koku Matsuri Daiko 
  16/8, sábado, 16h30 – Arena 
  Apresentação de tambores conduzida por jovens okinawanos, mantendo viva a cultura e as tradições locais. 

Ryukyu Koku Matsuri Daiko| Foto: Marcel Uyeta 

• Victor Kinjo – Show Canto pela Paz 
  17/8, domingo, 16h – Arena 
  Espetáculo que une música brasileira e okinawana, pop e rock. 

Victor Kinjo | Foto: Kim Lee Kyung 

• Oficina Paninhos de Cera: Resgatando a arte das tatuagens Hajichi 
  19 e 21/8, 14h – Espaço de Tecnologias e Artes 
  Atividade que une sustentabilidade e resgate cultural, conduzida por Fernanda Suemi, Nayana Tiemi e Hiromi Toma. 

• Oficinas de dança com Satoru Saito 
  19/8, 16h15 – Zo Odori: Danças populares de Okinawa (a partir de 60 anos) 
  21/8, 16h15 – Ukanshin Udui: Dança tradicional okinawana (livre) 
  22/8, 16h15 – Wakashu Odori: Dança tradicional okinawana para pequenos (7 a 15 anos) 

Ukanshin Udui | Foto: Rafael Ryo Uehara  

• Mabui – Núcleo Lúcia Kakazu 
  21/8, quinta, 18h e 24/8, domingo, 16h30 – Jardim da Alameda 
  Espetáculo de dança que resgata a espiritualidade feminina e a ancestralidade okinawana sob olhar contemporâneo. 

Mabui – Lúcia Kakazu | Foto: Divulgação  

• Banda Sankyo – Show Alegrando com as Músicas de Okinawa 
  22/8, sexta, 17h – Cafeteria 
  Repertório com canções em uchinaguchi e japonês, acompanhadas pelo sanshin. 

Banda Sankyo | Foto: Henrique Arakaki  

• Nufa – Movimento e Resistência 
  23/8, sábado, 16h – Arena 
  Direção de Satoru Saito, destacando a força das danças tradicionais de Okinawa. 

Ingressos e senhas para as atividades devem ser retirados no local, com antecedência, conforme indicado na programação.