Bienal Sesc de Dança realiza extensão em São Paulo com obras nacionais e internacionais   

08/09/2025

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O Balé que Você Não Vê, do Balé Folclórico da Bahia. Foto: Célia Santos


Em paralelo à sua programação em Campinas, a 14ª Bienal Sesc de Dança amplia o alcance do festival com uma extensão em São Paulo. Entre 27 de setembro e 10 de outubro, unidades do Sesc recebem espetáculos que compõem a grade artística do evento, proporcionando ao público paulistano a oportunidade de acompanhar uma seleção de obras nacionais e internacionais que discutem memória, ancestralidade, identidade e novas estéticas da dança contemporânea. 

A capital paulista recebe uma programação diversa com criações vindas do Japão, França, Holanda, Bélgica, Ruanda e Inglaterra. Do Brasil, sobem ao palco coreografias da Bahia e Rio Grande do Norte. 

Abrindo a extensão, o duo Nanako Matsumoto e Kengo Nishimoto / team chiipro, do Japão, apresenta Kyoto Imaginary Waltz [Valsa Imaginária de Kyoto] – 27 e 28 de setembro, sábado 20h e domingo 18h, no Sesc Pompeia – obra inspirada na chegada da valsa ao país oriental no século 19, que reflete sobre intimidade, toque e contato. 

Kyoto Imaginary Waltz. Foto: Ohno Ryusuke
Kyoto Imaginary Waltz [Valsa Imaginária de Kyoto] Foto: Ohno Ryusuke

Do Brasil, o Balé Folclórico da Bahia traz O Balé que você não vê (28 de setembro, domingo, 18h, no Sesc Pinheiros), montagem que abre a Bienal em Campinas. A criação marca o retorno da companhia aos palcos no pós-pandemia e convida o público aos bastidores do grupo, revelando a força de quem mantém viva a dança afro-baiana profissional. Com coreografias de Nildinha Fonseca, Slim Mello, Carlos Santos e Rosângela Silvestre, sob direção de José Carlos Arandiba, o Zebrinha, a obra celebra resistência, ancestralidade e vitalidade.  

Da França, a Nach Van Van Sance Company apresenta Cellule [Cela] – 30 de setembro, terça-feira, 20h, no Sesc 14 Bis –, um mergulho no krump, dança de rua surgida em Los Angeles e ressignificada pela coreógrafa francesa. No Sesc Belenzinho, duas produções ganham destaque: Mascarades, de Betty Tchomanga com interpretação de Ndoho Ange – 2 e 4 de outubro, quinta-feira, 21h e sábado, 17h –, que investiga a figura mítica de Mami Wata em um solo marcado pelo gesto do salto como metáfora do desejo, da transgressão e da existência; e A mon seul désir [Ao meu único desejo] de Gaëlle Bourges, obra que parte de tapeçarias medievais para discutir erotismo, poder e imagens, com a participação de 30 performers brasileiros (4 e 5 de outubro, sábado, 21h e domingo, 18h). 

As três obras integram a Temporada França-Brasil 2025, realizada em celebração aos 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países, propondo diálogos entre ancestralidade, identidade, política e memória.  

A mon seul désir. Foto: Danielle Voirin
A mon seul désir [Ao meu único desejo] Foto: Danielle Voirin

Pluralidade nos palcos

Dandyism [Dandismo], realizado em parceria com o Cultura Inglesa Festival, ganha uma circulação com apresentações gratuitas no Sesc Carmo (3 de outubro, sexta-feira, 14h), Sesc Itaquera (4 de outubro, sábado, 16h) e Sesc Campo Limpo (5 de outubro, domingo, 14h). Com inspiração no movimento congolês La Sape, a obra reúne Ziza Patrick (Ruanda/Inglaterra) e Ricardo Januário (Brasil), junto a performers locais, para transformar a moda em resistência e identidade. 

Nos dias 4 e 5 de outubro, sábado, 20h e domingo, 18h, o Sesc Consolação recebe DARKMATTER [MATÉRIAESCURA], da artista Cherish Menzo (Holanda/ Bélgica), que articula hip-hop, iluminação e temporalidades desconexas para questionar imagens preconcebidas sobre corpos negros. 

DARKMATTER [MATÉRIAESCURA] Darkmatter Foto: Bas de Brouwer

Encerrando a extensão paulistana, o Coletivo CIDA – Coletivo Independente Dependente de Artistas, do Rio Grande do Norte, apresenta Reino dos Bichos e dos Animais, Esse é o Meu Nome (9 e 10 de outubro, quinta e sexta-feira, 19h, no Sesc 24 de Maio). Inspirada na obra de Stella do Patrocínio, a montagem discute estigmas, desumanização e invisibilidades históricas, reunindo artistas com e sem deficiência. 

Acompanhe a programação da extensão e garanta seu ingresso em sescsp.org.br/extensaobienaldedanca

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