O ateliê aberto de xilogravura propõe uma imersão nessa técnica milenar, explorando suas raízes e possibilidades criativas, ao mesmo tempo em que estabelece uma ponte entre a tradição brasileira e a japonesa. A atividade se desenvolve a partir do estudo das práticas tradicionais de gravação em madeira e suas ressonâncias contemporâneas.

Os participantes irão descobrir como a xilogravura, presente tanto na história brasileira quanto na tradição japonesa do ukiyo-e, pode ser um potente veículo de expressão cultural e artística. Durante as aulas, abordaremos os princípios básicos da técnica o entalhe, a preparação da matriz e a impressão, destacando semelhanças e especificidades das abordagens no Brasil e no Japão.

Também discutiremos como a estética japonesa, marcada por linhas delicadas, uso expressivo de cores e composições harmônicas, dialoga e enriquece práticas brasileiras, promovendo uma fusão de saberes.

A xilogravura (ou xilografia) é uma antiga técnica de origem chinesa. Evidências históricas indicam que as primeiras experimentações aconteceram no século II. A xilogravura consiste numa técnica de gravação na madeira com um instrumento cortante (buril, goiva, formão ou faca) a imagem que pretende reproduzir, utilizando-a como matriz e possibilitando a reprodução de diversas imagens idênticas sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.

Pré-requisitos: As pessoas participantes podem trazer seus próprios materiais.

Sobre Thiago Mahin
É artista e arte-educador. Licenciado em Pedagogia e Artes Visuais, atualmente tem se dedicado em estudar e pesquisar tecnologias ancestrais, a fim de se conectar cada vez mais com a sua ancestralidade. Integra a equipe do Sesc Consolação como Educador de Tecnologias e Artes.