
Ondas de calor, chuvas excessivas, secas prolongadas, enchentes devastadoras, rios que desaparecem e florestas que se reduzem a pó. Esses são alguns dos sinais de esgotamento que a Terra tem manifestado nos últimos anos. É desse alerta que nasce Sinais da Terra, uma série de entrevistas produzida pelo Sesc São Paulo para seu canal no YouTube. A cada episódio, pensadores, artistas, cientistas e ativistas refletem sobre o impacto das mudanças climáticas e a urgência de revermos nossos modos de vida.
O título da produção retoma uma fala do líder indígena Ailton Krenak, escritor de livros como “Ideias para adiar o fim do mundo” e “A vida não é útil”. Ele defende que, se a humanidade quiser ser salva, terá que rever sua relação com o planeta. “Nós vamos ter que aprender com a Terra a viver de novo. E tudo indica que uma parte de nós não vai ficar viva nas próximas décadas diante dos eventos climáticos. Então, nós vamos ter que nos educar para entender o sinal da Terra”, afirma Aílton no episódio piloto da série.
A série Sinais da Terra surge em sintonia com a COP 30 — a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece de 10 a 21 de novembro deste ano, em Belém (PA). O encontro reúne representantes de quase 200 países para debater metas globais de redução de emissões, justiça climática e estratégias para enfrentar os efeitos do aquecimento global.
Com 14 episódios, além de Aílton Krenak, a série conta com depoimentos de nomes como o padre Júlio Lancellotti, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva, a filósofa Katiúscia Ribeiro, o cineasta Jorge Bodanzky, a cientista especialista em gases de efeito estufa Luciana Gatti, o ceramista indígena Nei Xakriabá, a cantora Na Ozzetti, o climatologista Carlos Nobre, a ativista Amanda Costa, a artista e bióloga Uýra Sodoma, a escritora Carla Akotirene, o sociólogo guineense Miguel de Barros, o físico Paulo Artaxo e o médico e escritor Dráuzio Varella. Cada episódio se constrói como fragmento de uma narrativa maior, em que ciência, arte e experiência de vida se cruzam para interpretar os sinais do planeta.
Ailton Krenak alerta para a necessidade de aprender com a Terra como viver perante os desafios dos eventos climáticos extremos dos últimos anos.
Cientista de Mudanças Climáticas, Luciana Gatti assegura que em um lugar com muitas árvores não acontece evento extremo de chuva.
“No calor excessivo, eles não têm acesso à água, aonde nessa cidade há pontos de água em que eles possam se hidratar?”
A perspectiva das filosofias africanas frente aos eventos climáticos extremos e os exemplos de harmonia com a natureza nos preceitos religiosos do candomblé são algumas das ideias difundidas pela filósofa Katiúscia Ribeiro nesse depoimento para o Sinais da Terra.
Desde “Iracema – Uma Transa Amazônica” (1974), o diretor Jorge Bodanzky faz cinema na Amazônia.
A nascente que secou, a semente que sumiu, o barro que modela o ceramista e o futuro do homem se o calor aumentar.
Ná Ozzetti faz um alerta sobre os sinais da crise climática no comportamento da natureza.
Fim dos corais marinhos, derretimento das geleiras, aquecimento irreversível, planeta inabitável, sexta extinção em massa.
A ativista climática Amanda Costa, a partir de eventos climáticos extremos que têm acontecido em São Paulo, reflete sobre a naturalização das tragédias ambientais na sociedade atual.
A atual ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima lembra como os antigos códigos mitológicos que protegiam a natureza não resistiram ao impacto da motosserra, reflete a importância de cada instituição na preservação do meio ambiente e como trabalhar a esperança diante dos Sinais da Terra.
Utilizamos cookies essenciais para personalizar e aprimorar sua experiência neste site. Ao continuar navegando você concorda com estas condições, detalhadas na nossa Política de Cookies de acordo com a nossa Política de Privacidade.