Foto: Divulgação
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Ausências incorporadas: etnografia entre mortos/desaparecidos políticos no Brasil

Debate sobre o movimento e atuação de familiares de mortos e desaparecidos políticos no Brasil

Contextos

Centro de Pesquisa e Formação

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atividade presencial

Grátis

Local: Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo

Inscrições a partir das 14h do dia 25/4, até o dia 23/5. Enquanto houver vagas.

Data e horário

De 23/05 a 23/05

Quinta

Quinta, 19h às 21h

Foto: Divulgação
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Este encontro reflete sobre o movimento de familiares de mortos e desaparecidos políticos no Brasil, a partir de uma perspectiva histórica, tendo por base uma pesquisa etnográfica que acompanhou o surgimento e a inserção desse movimento político nas arenas de debates públicos sobre a ditadura civil-militar no país (1964-1985).

A pesquisa desenvolvida no doutorado por Desirée de Lemos Azevedo que resultou no livro “Ausências Incorporadas: Etnografia entre Familiares de Mortos e Desaparecidos políticos no Brasil”, busca compreender como a expressão pública de testemunhos, demandas e denúncias passam a ser reconhecidas como uma forma de coletivizar as experiências, as dores e as trajetórias familiares e constituir os “mortos e desaparecidos” como categoria a partir da qual a produção de narrativas sobre a Ditadura se volta para a busca de “responsabilidades” e de “direitos”, mas também para a construção de projetos de futuro calcados no respeito aos Direitos Humanos.

Neste encontro, a pesquisadora Desirée e Amelinha Teles que foi assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo colocam em evidência as categorias, as narrativas e as práticas através das quais as organizações se inserem nos espaços de disputa política e reivindicam a condição de vozes autorizadas a falar sobre o passado.

Também discutem como, nesse processo, os “familiares de mortos e desaparecidos” passam a se ver e serem vistos como uma comunidade, sujeitos do sofrimento, do conhecimento, da denúncia e de estratégias políticas de luta por reconhecimento. Analisam o papel dos familiares de mortos e desaparecidos como uma comunidade política e moral que se imagina forjada, simultaneamente, pela luta e pela vulnerabilidade, em meio às redes de afeto e de solidariedade que se constituem na relação entre os sujeitos do movimento, com os “mortos e desaparecidos” e com as instituições do Estado para as quais suas demandas são direcionadas.

Com Amelinha Teles, feminista, escritora, integrante da União de Mulheres de São Paulo. É coordenadora do Projeto Promotoras Legais Populares e integrante da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. Foi assessora da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo – Rubens Paiva e da Comissão da Memória e da Verdade da Prefeitura de São Paulo (CMV).

Com Desirée de Lemos Azevedo, mestre e doutora em Antropologia Social (Unicamp). Realizou o pós-doutorado pelo PPG em Ciências Sociais (EFLCH-Unifesp). É pesquisadora junto ao CAAF/Unifesp e autora do livro Ausências Incorporadas. Etnografia entre Familiares de Mortos e Desaparecidos políticos no Brasil (Unifesp).

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